Assunção de Nossa Senhora, celebra-se a 15 de Agosto

6062
Assunção de Nossa Senhora, celebra-se a 15 de Agosto
Assunção de Nossa Senhora, celebra-se a 15 de Agosto

Feriado em Portugal, o dia 15 de Agosto é dedicado á Assunção de Nossa Senhora – Maria, mãe de Cristo é uma festa bastante importante para a igreja, celebrada em todo o país à boa maneira portuguesa.

Assunção de Nossa Senhora

Neste dia, desde o século V, a igreja católica celebra a assunção de Maria ao reino dos céus. Segundo a tradição cristã, Maria despediu-se da vida aos 72 anos de idade, mas não morreu, tendo sido transportada para os céus, em Corpo e Alma, por um sonoro cortejo de anjos.

Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de Cristo

Maria terá nascido a 8 de Setembro do ano de 732 da fundação da cidade de Roma. A sua infância decorreu normalmente junto da família, sendo dedicado pela igreja católica o dia 26 de Julho aos seus pais, com a designação de “dia dos avôs e netos“.

A vida de Nossa Senhora

Aos três anos de idade foi levada ao Templo de Jerusalém para a sua consagração. Conforme os preceitos da lei judaica, todas as crianças de ambos os sexos deveriam ser apresentadas e oferecidas a Deus para toda a vida e os pais teriam de as resgatar, pagando um tributo em prata.

A idade de 12 anos era um ponto alto na vida das crianças israelitas. Segundo os costumes e a lei, os rapazes passavam a gozar de direitos civis, tornando-se cidadãos judeus, e as raparigas ficavam legalmente autorizadas a casar-se (consideradas “gedulah“).

Ao completar os 12 anos, Maria já se entregara de alma aos conceitos judaicos de Deus, e tomou a decisão de não casar, embora essa atitude fosse mal vista pelos costumes da época, onde o dever da mulher era casar e ter filhos e aquelas que não casavam eram consideradas como tendo sido castigadas por Deus.

Das relações da família, o carpinteiro José apaixonou-se por Maria, e embora esta afirmasse que dedicara a sua virgindade a Deus, ele consentiu em casar.

Naquela época o casamento era constituído por três partes: Desponsório (o Noivado), Condução (período intermediário) e as Bodas (Casamento propriamente dito).

No Desponsório era feito o Contrato de Casamento, que podia ser escrito ou oral, na presença de testemunhas e altura em que se combinava o dote da noiva.

Entre os Esponsais e a celebração da Boda decorria um intervalo de tempo, que podia chegar até aos doze meses. Os noivos viviam separados, mas podiam usar os direitos matrimoniais, e se houvesse filhos durante esta altura eram considerados legítimos.

No dia da boda, o futuro esposo seguia até à casa da noiva em traje de gala, acompanhado pelos amigos e com música que atraia o povo, formando um cortejo. Na casa da noiva, grupos de virgens dançavam e entoavam cantos, trazendo uma grinalda de flores numa das mãos e uma lâmpada acesa na outra. O ponto alto era o banquete, que começava mal os esposos entravam para a casa concebida para eles e que durava normalmente uma semana.

Após a realização do contrato de casamento, Maria recebeu a primeira visita do anjo Gabriel, que a saudou e lhe revelou que ela havia conquistado as graças do Céu, pelo que iria dar à luz um filho especial: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; Ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim“. (Lc 1,31-33)

O anjo explicou-lhe ainda que a concepção seria efetuada com a descida do Espírito Santo sobre ela e Maria respondeu: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra“. (Lc 1,38)

José ficou confuso com a situação, mas após a visita de um anjo durante o sono aceitou a gravidez de Maria, que viria a ter o filho num estábulo em Belém.

Após a morte de Cristo, Maria continuou sempre a acompanhar os discípulos do filho, contando-lhes histórias acerca dele e seguindo com atenção as obras de divulgação da fé.

Classificação
A sua opinião
[Total: 3 Média: 4.3]