Os diamantes: o melhor amigo da mulher

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Diamantes - melhor amigo da mulher
Diamantes - melhor amigo da mulher

Assim como a deusa Vénus simboliza o amor, também os diamantes são um símbolo para todos os apaixonados.

O diamante era chamado, na Antiguidade, Pedra de Vénus devido ao seu forte brilho, que rivalizava com o deste planeta. Tal como a deusa Vénus simbolizava o amor, também o diamante passou a ser um símbolo para todos os apaixonados. A sua designação parece vir da palavra grega “adamas” que significa eterno ou imutável. Representando o poder, o diamante é a pedra do signo leão.

A importância de um diamante no mercado tem a ver com a sua lapidação. As formas mais comuns são: Redonda, Oval, Coração, Navete e Gota, Corte Esmeralda, Princess e Radiantes. O preço e o brilho de um diamante dependem principalmente de sua lapidação. Cada diamante é único, como uma impressão digital, não há dois idênticos.

É necessário ter em atenção os ângulos exatos em que a lapidação foi efectuada, as proporções, simetria, e o polimento que afecta a maneira como um diamante lida com a luz. Uma pedra bem lapidada é cuidadosa e precisamente trabalhada: todas as facetas tem que estar precisamente onde deveriam e polidas até brilharem e um polimento fino.

Os preços variam consoante a lapidação da pedra, porque certos tipos de lapidação desperdiçam mais matéria que outras e as pedras que têm menor aproveitamento custam mais depois de lapidadas.

Por outro lado, o mercado de oferta e de procura influencia o preço, porque determinada forma de lapidação pode estar mais na moda num determinado período ou lugar do mundo, o que faz subir o preço.

O valor dos diamantes

O preço final de um diamante é baseado em duas coisas: o peso exacto do diamante e o peso por quilate do diamante em questão.

Para além da lapidação, a cor também influencia o valor de um diamante. Os profissionais catalogaram-nos numa escala de cores que utiliza o alfabeto desde a letra “D” – incolor – até “Z” – amarelo, em que “D” é a cor mais alta e a mais valiosa. Conforme vamos descendo a escala o diamante vai ficando amarelo e com menos valor. As cores nas letras “X-Y-Z” são também bastante raras, são chamadas de “fancy colors”.

Esses diamantes especiais atingem, actualmente, preços exorbitantes e aparecem com todas as cores do arco-íris: azul, vermelho, amarelo, verde, rosa etc. O mais incrível é que até há uns 15 anos atrás ninguém se importava com as cores diferentes a menos que tivessem um tamanho maior, mantendo-se apenas em colecções particulares.

Quando um diamante é encontrado, passa por vários processos até ao produto final:

O primeiro passo na lapidação de um diamante é a entrega a um clivador ou serrador, que se encarrega de cortar o diamante em bruto em dois bocados para determinar o melhor aproveitamento da pedra e a forma que deve ser adoptada.

Depois de ser clivado ou serrado, o diamante passa por uma série de lapidários, cada um na sua especialidade: o “bloqueador“, que dá o formato à pedra e os “abrilhantadores“, que lapidam a pedra.

Os diamantes já ornamentaram reis, inspiraram poetas, deslumbraram estrelas de cinema, trouxeram morte a famosos e não famosos, a eles foi até mesmo atribuído poder de cura sobre doenças.

o diamante Cullinan

Alguns deles passaram mesmo à história, como o famoso Cullinan, que pesava perto de meio quilo no estado bruto. Deve a sua fama ao facto de ter sido o maior diamante encontrado no mundo e de uma qualidade excepcional.

Por incrível que pareça, apesar de ser a maravilha do mercado de diamantes de Londres por dois anos, ninguém o queria comprar, e foi adquirida pelo governo do Transvaal e dada como presente ao Rei Eduardo VII no seu aniversário, em 1907. A pedra acabou por ser dividida em nove partes principais, 96 pequenos brilhantes e aproximadamente 10 quilates de “pedaços”.

O Diamante Azul da Coroa

Com a fama de trazer azar para os seus possuidores ficou o diamante “Hope“, encontrado na Índia e que veio para a Europa pela mão de um mercador de pedras que o vendeu ao Luís XIV, em 1668. A pedra foi oficialmente nomeada “O Diamante Azul da Coroa“.

Roubado durante a Revolução Francesa, nunca foi recuperado. No entanto, em 1830, um diamante de cor similar, mas mais pequeno, foi oferecido no mercado de diamantes em Londres e foi comprado por Henry Thomas Hope, um banqueiro e coleccionador de gemas, altura em que começou a sua reputação de dar azar.

O filho de Henry Hope perdeu a sua fortuna após ter herdado a pedra. Em 1908 foi para as mãos de Abdul Hamid, o Sultão da Turquia e em 1911, foi vendido pela Cartier em Paris para uma viúva americana, a Sra. Edward B. McLean, mas esta viu o seu único filho morto num acidente, a família separada, perdeu sua fortuna e suicidou-se.

Quando suas jóias foram vendidas em 1949, o Hope foi comprado por Harry Winston, negociante de diamantes, que não acreditava na maldição, mas que não o conseguiu vender, acabando por oferecer a pedra, em 1958, à Instituição Smithsonian em Washington, onde é exibido em conjunto com outras pedras.

Ao segurar um diamante, tem na mão um pedaço da história geológica da Terra. A mais jovem rocha vulcânica na qual os diamantes são trazidos para a superfície da terra tem por volta de 70 milhões de anos. E como os diamantes são eternos, também o amor que os ofereceu deveria ser.

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