Será falta de memória ou um ligeiro esquecimento

2799
Será falta de memória ou um ligeiro esquecimento
Será falta de memória ou um ligeiro esquecimento

“Olá, então não te lembras de mim?”. Você bem puxa pela cabeça para saber quem se dirige a si desta forma mas por mais que se esforce não consegue. É este um sintoma de falta de memória ou apenas um ligeiro esquecimento?

Não se lembrar onde colocou os óculos depois do programa de televisão da noite anterior ou o nome dos três primos que vivem no Canadá, não significa que esteja a perder a memória embora este tipo de esquecimentos se tornem mais habituais com a idade.

O cérebro é o armário onde as recordações e informações são guardadas, e de cada vez que precisamos de algo é ao lóbulo frontal que cabe a função de as recuperar. No entanto, este é um instrumento frágil que se desgasta quer pela fadiga, alterações hormonais ou até o sempre presente desgaste celular. Isto não quer dizer que todos soframos da doença de Alzeimer, que provoca uma deterioração cognitiva no cérebro.

Outros problemas podem provocar a perda de memória como sejam a arteriosclerose, mini tromboses, doenças da tiróide, o abuso de álcool e de drogas, uso prolongado de antidepressivos, anestésicos e medicamentos para a tensão arterial.

Não se trata de um processo irreversível, porque algum tempo depois da eliminação dos compostos químicos do corpo, a memória é recuperada.

E se um corpo perfeito pode albergar uma mente sã, não é menos verdade que também a memória precisa de algum exercício, comparável a algumas horas no ginástico para desenvolver o corpo físico.

Como conservar a memória

Existem diversos processos para conservar a memória, o melhor dos quais ainda é aproveitar cada momento da vida e todos os prazeres que esta oferece. Diga lá se alguma vez esqueceu aquelas férias que passou na praia quando era mais nova? Mas o trabalho que fez ontem nem sequer lhe deixou lembranças. Pois isso é a prova que quanto melhor for o tempo que passar e as recordações a ele associadas, melhor vai recordar.

Normalmente é a memória mais recente a que mais é afectada pelo envelhecimento e as pessoas idosas apresentam maiores dificuldades para a aquisição de novas informações.

Dos melhores exercícios para a memória, apresentam-se as associações mentais. Se perdeu os óculos, reconstitua todos os passos desde a última vez que teve a certeza de estar com eles. Para os acontecimentos mais recentes, o mesmo também funciona, associando vários acontecimentos e reconstruindo o que aconteceu.

Como combater a falta de memória

Alguns pequenos truques podem também ajudar a lembrar-se de coisas importantes. Por exemplo, se necessita de tomar um medicamento todos os dias e se deita à mesma hora, coloque a embalagem junto do despertador para que lhe toque quando for ligar o despertador. Se precisa de comprar algo, deixe a embalagem vazia em sítios esquisitos como no lava-louça ou no lavatório da casa de banho. Para se lembrar de números, como o do autocarro, associe-lhe datas ou acontecimentos.

E como na preparação física, também para o cérebro a alimentação é importante, pelo que se devem incluir os ácidos gordos insaturados, ricos em óleos vegetais, as proteínas e certos açúcares que se encontram nos cereais e nas féculas. Claro que as vitaminas são essenciais, principalmente do grupo B.

Como funciona a memória

O funcionamento da memória pode ser dividido em duas fases: a curto prazo, imediata e mais recente, que nos permite responder às solicitações do dia a dia, e a de longo prazo, que mantém aquilo que nos foi acontecendo durante a vida.

O processo de reter uma informação na memória inclui três fases: a primeira é a estimulação sensitiva que funciona através de um estímulo que desperta uma recordação. Na certa já lhe aconteceu passar perto de uma padaria e o cheiro a pão despertar-lhe memórias da sua infância.

A segunda fase é o armazenamento da informação e a sua conservação e a terceira é uma actividade de reconstituição, organizando as memórias em ficheiro, o que permite o acesso fácil às informações armazenadas anteriormente. São estes passos que mais depressa se perdem com o avanço da idade.

E se agora apenas começou a preocupar-se com estes problemas de memória desde a última vez que se esqueceu do lugar onde estacionou o carro no parque do supermercado, lembre-se de que é preciso exercitar a sua memória e que pode começar hoje mesmo.

Perda de memória: saiba porque nos esquecemos das coisas

Classificação
A sua opinião
[Total: 1 Média: 5]