Explicar a uma criança porque um conto de fadas é tão cativante para ela destrói, acima de tudo, o encantamento da história, que depende, em grau considerável, da criança não saber absolutamente por que está maravilhada.
As histórias infantis oferecem soluções sob formas que a criança pode apreender no seu nível de compreensão. No entanto, um conto de fadas pode ter um significado importante tanto para uma criança de cinco anos quanto para uma de treze, embora os significados pessoais que deles derivam possam ser bem diferentes.
Explicar a uma criança porque um conto de fadas é tão cativante para ela destrói, acima de tudo, o encantamento da história, que depende, em grau considerável, da criança não saber absolutamente por que está maravilhada.
Ao contar histórias é sempre melhor seguir a orientação da criança. A criança sente qual dos contos é verdadeiro para sua situação interna no momento ( com a qual é incapaz de lidar por conta própria) e também sente onde a história lhe fornece uma forma de poder enfrentar um problema difícil. Só escutando repetidamente um conto de fadas e sendo dado tempo e oportunidade para demorar-se nele, uma criança é capaz de aproveitar integralmente o que a história tem para lhe oferecer no que diz respeito à compreensão de si mesma e da sua experiência do mundo.
Os contos, em relação a outras formas de literatura, dirigem a criança para a descoberta de sua identidade e comunicação, e também sugerem as experiências que são necessárias para desenvolver ainda mais o seu carácter. A criança, é mais insegura do que o adulto, precisa assegurar-se de que a sua necessidade de encaixar-se em fantasias, ou a sua incapacidade em deixar de fazê-lo, não é uma deficiência.
Quando os pais e professores contam histórias para a criança, dão uma importante demonstração de que consideram as experiências internas da criança, enquanto personificadas nos contos, dignas de valor, legítimas, e de algum modo até mesmo “reais”. Isto faz com que a criança sinta que as suas experiências internas foram aceites pelos pais e/ou professores como reais e importantes, e que ela – implicitamente – é real e importante.