A Dryas octopetala L. florescem no Verão, na maioria das montanhas europeias, sobretudo nos Alpes, vastos tapetes brancos sobre a erva rasteira e os rochedos.
É uma pequeníssima planta com raiz grossa e fibrosa, caules prostrados no solo, muito resistentes às baixas temperaturas, pois encontram-se desde as lundras boreais até às costas do Árctico. Em determinadas regiões tem uma duração de vida superior a 100 anos.
As folhas verdes, coriáceas e dentadas, assemelham-se às dos carvalhos; as flores, se bem que muito diferentes, podem, vistas de longe, confundir-se com as das anémonas; os frutos, que não se abrem, são formados por numerosos carpelos, cada um deles encimado por um penacho branco e sedoso.
As aldeias alcandoradas das montanhas de onde os primitivos apanhadores de plantas, nos meados do século XVI, trouxeram as drias legaram-nos ainda a utilização medicinal das suas folhas. Estas são adstringentes e tónicas, e servem para preparar uma infusão denominada chá suíço, com efeito benéfico nas cólicas.
Habitat: nas zonas elevadas, nos Alpes e Apeninos. Tem uma certa preferência pelos solos calcários; a mais de 1200 m.
Identificação das Drias:
- de 0,05 a 0.15 m de altura. Vivaz, caule prostrado, trepador, lenhoso, ramificado;
folhas pecioladas, verdes na página superior, brancas e tomentosas na inferior, coriáceas, oblongas (de 2 a 3 cm), arredondadas na base, regularmente crenadas, com estipulas soldadas no pecíolo; - flores brancas (Junho-Agosto), grandes (de 2 a 4 cm), solitárias no vértice de compridos pedúnculos vilosos, cálice com 7 a 9 lóbulos, corola com 7 a 9 pétalas ovais, numerosos estames, estiletes compridos, ovário livre;
- fruto seco, composto por numerosos carpelos, terminando em ânsias plumosas, reunidas em feixes num mesmo receptáculo; raiz grossa e fibrosa.
Inodora; sabor adstringente.
Partes utilizadas: folhas (Junho-Agosto).
Componentes: tanino, sais minerais
Propriedades: adstringente, digestivo, tónico.
Benefícios das Drias: aftas, apetite, diarreia.