Os coelhos selvagem chegam à Europa pelas mãos dos espanhóis, que o trouxeram do norte de África. Ao longo dos séculos as características domésticas foram sendo apuradas, possivelmente pela paciência dos monges e contam-se actualmente mais de 50 raças domésticas.
Coelhos selvagem
O coelho é um dos animais que tem acompanhado quase toda a história e evolução da Terra. A origem deste mamífero remonta ao período Eocénico, há cerca de 60 milhões de anos. Não se conhece lugar da terra onde esteja ausente um representante dos coelhos.
As primeiras notícias escritas sobre o coelho remontam a uns 500 anos a.C., quando Confúcio aconselhava a sua criação e também entre os antigos egípcios o coelho era conhecido e criado. O primeiro documento escrito em latim sobre o coelho deve-se a Plínio, o Jovem, que viveu entre os anos 62 e 114 d.C.
Várias são as hipóteses colocadas acerca da forma como este roedor se terá tornado um animal doméstico, e a mais divulgada é a que o dá como derivado do coelho selvagem com transformações ao longo dos séculos, sobretudo na China e em algumas regiões da França.
Actualmente pode escolher entre cerca de cinquenta raças:
Coelho, a raça Nova Zelândia
O Nova Zelândia, raça americana que teve a sua origem na Califórnia e que possui três variedades: branca, vermelha e negra;
Coelho, a raça Califórnia
O Califórnia, raça criada no estado com o mesmo nome em 1928, e uma das mais recentes e famosas, obtida através do cruzamento do coelho Russo com o Chinchila; este tem como principal característica a pelagem semelhante à da Chinchila e surgiu do cruzamento do coelho doméstico com Azul de Beveren e com o Russo, na França, em 1913;
Coelho, a raça azul de Viena
O Azul de Viena é uma das mais populares raças de porte médio, rústica e fácil de criar. Foi desenvolvida por volta de 1893 na Áustria, em Viena, resultado do cruzamento entre coelhos gigantes pretos e amarelos.
Coelho, a raça borboleta
A raça Borboleta é assim apelidada devido à característica distribuição de manchas na pelagem sempre branca. Tem ainda o Rex, com pêlo curto de aparência aveludada e o mais exótico, o Angorá.
Coelho anão
Há ainda o coelho anão, até quatro vezes menor do que os coelhos comuns, que pesa cerca de um quilo e vive entre 5 a 6 anos, e o de orelhas caídas, normalmente mutações do Nova Zelândia e Califórnia.
Coelho Angorá
O coelho Angorá é dos mais adotados como animal de estimação, em parte devido à sua pelugem que pode alcançar os 25 cm de comprimento. O pêlo longo e sedoso cresce constantemente e precisa ser penteado e aparado com uma tesoura para evitar que enrole.
A operação é repetida a cada 70 dias aproximadamente, quando o pêlo atinge o comprimento médio de 10cm. A cor mais comum é a branca. Pode ser encontrado também nas variedades negra, azul escura e tem um tempo de vida de 5 a 6 anos.
Mas a sua proliferação nem sempre foi pacífica e os habitantes das ilhas Baleares invocaram a intervenção dos soldados romanos para os ajudarem a defender as culturas de uma praga de coelhos. Em 1859 três casais de coelhos foram transportados para a Austrália mas reproduziram-se em numero tal que resultaram numa calamidade para os agricultores.
Foram feitas tentativas de defender as culturas com redes, que resultaram inúteis porque os coelhos passavam facilmente por baixo delas e chegou-se ao ponto de instituir uma recompensa por cada coelho morto. Somente passados vários anos se conseguiu controlar a sua criação.
Depois deste esclarecimento, o que pensa de adoptar um coelhinho? Os seus filhos na certa iriam delirar com a ideia.