As mulheres são vítimas de maus tratos diariamente. Você nem sonhar que alguma vez isso possa ter-lhe acontecido.
Toda e qualquer pessoa pode ser alvo de violência, independentemente da situação ou do contexto. Homens, mulheres e crianças, são em muitos casos, vítimas de maus tratos por esse país fora. Porém, é nas crianças e nas mulheres que os agressores mais actuam.
O tipo de violência da qual lhe falamos pode ser a vários níveis: física, psicológica ou tomar a forma de assédio sexual. Este último tipo de violência constitui-se por ser uma agressão moral e física, relacionada com insultos e supostas agressões físicas, podendo mesmo chegar ao acto de violação ou de morte.
O agressor ou agressores ficam normalmente impunes, quer se trate de violência doméstica ou na rua. Ainda assim, sabe-se que a maior parte dos maus tratos físicos, ocorrem mesmo no seio do lar e com a pessoa, com quem se partilha o mesmo. Há ainda os maus tratos psicológicos, expressos através de humilhações, ameaças ou de desprezo moral.
Se dividirmos estes dois âmbitos de violência, a de rua e a do lar, existem alguns pontos sobre as mesmas, que devem ser bem retidos. Comecemos pela violência contra as mulheres na rua: sendo uma cidadã normal como tantas outras, tem o direito de andar sem que venham a importuná-la. Porém, deve ter cuidado e não frequentar locais desertos, mal iluminados ou pouco frequentados. Procure sempre levar consigo uma boa companhia, caso surja algum imprevisto.
Sempre que achar necessário, recorra à polícia ou se sentir que estão a segui-la, de carro ou a pé, dirija-se à primeira esquadra de polícia que encontrar. Cuidado ao entrar em prédios sem porteiros, e que sejam pouco frequentados. Quando andar de carro sozinha, tranque as portas e suba os vidros, ainda que deva sempre ter bem presente de que forma, se deve livrar de um agressor caso ele surja de repente: grita, bate a uma porta ou limita-se a correr.
O importante é manter a calam e demonstrar segurança, mas isso certamente é complicado principalmente, se o agressor for a pessoa com quem partilha a sua cama todos os dias e noites. Na violência doméstica, deve dirigir-se de imediato às urgências de um hospital, revelando a identidade do agressor, e apresentando posteriormente queixa. Ainda que não tenha recursos, o apoio jurídico auxilia-a no que precisar.
Se for necessário saia de casa mais os seus filhos, pois a lei protege-a se apresentar uma queixa-crime. Procure sempre a GNR, a PSP ou mesmo a Polícia Judiciária, quer se trate de violência contra as mulheres no lar ou na rua. A Constituição da República prevê o direito à integridade física e moral, da mesma maneira que o Código Penal pune os agressores que executam maus tratos físicos e psíquicos.
Não tenha receio de denunciar um caso de violência, se este for o seu próprio caso. Lute pela sua dignidade e imagem pessoal, para que os seus direitos e integridade sejam mantidos, não só enquanto Mulher mas acima de tudo, enquanto Ser Humano.