Neil Jordan, revela uma vez mais, a sua capacidade indubitável de contar histórias.
Neil Jordan, revela uma vez mais, a sua capacidade indubitável de contar histórias. A imaginação para escrever textos originais é brilhante. Mas, o caso de “O Fim da Aventura”, a estrear no Fonte Nova, Quarteto, é diferente. Aqui, fala-se da adaptação de um romance religioso e erótico, não menos merecido de destaque…
Um narrador de histórias humanas, centradas no cariz psicológico, como Neil Jordan, produziu um excelente trabalho ao fazer a adaptação de uma novela pessoal de Graham Greene.
Uma novela retratada num policial negro, que tem o seu início em 1949, voltando ao passado 10 anos, e tendo o seu final marcado com o romper de um milagre. A história está repleta de caminhos paralelos, que originam vários pontos de vista, todos eles baseados no mesmo tipo de acontecimentos. Sarah Milles (Julliane Moore), Henry (Stephan Rea) e Maurice Bendrix (Ralph Fiennes), são os pilares emocionais desta história, passada no seio da 2ª Guerra Mundial.
Sarah, casada com Henry, que é estéril, envolve-se numa relação amorosa e fortemente sexual com Maurice. Num dos encontros secretos entre ambos, a casa é bombardeada e Sarah, faz uma jura: acabar tudo com Maurice, se ele viver. Uma promessa que Sarah não revela…
Ambos, tanto o marido Henry, como o amante Maurice, julgam que Sarah os traiu. Surge uma estranha e bizarra união entre ambos, de forma a descobrirem a essência da traição de Sarah.
“O Fim da Aventura”, uma história devota à religião, com sabor a pecado e muito amor.