António Quadros, personalidade importante da cultura portuguesa, é homenageado até ao dia 12 de Dezembro com uma exposição na Cooperativa Árvore, no Porto.
A Cooperativa Árvore inaugurou dia 9 de Novembro de 2001, pelas 22h, uma exposição onde se pretende recuperar a personalidade de António Quadros, figura complexa da nossa cultura, através de trabalhos, ideias e projectos. Uma acção integrada e patrocinada pela Porto 2001, Capital Europeia da Cultura que pode ser acompanhada até 12 de Dezembro.
Poder-se-á dizer que, pelo menos para alguns, António Quadros não precisa de apresentação, mas sempre vale a pena recordá-lo como uma das figuras mais eclécticas da cultura portuguesa. “Redescobrindo o futuro, António Quadros foi pintor, poeta de vários heterónimos, ceramista, escultor, professor, pedagogo, companheiro de obra de arquitectos, encenadores, actores, músicos, ferreiros, tecelões, tratadores de abelhas e de muitos mais, de cujos ofícios, matérias, formas e gestos sábios se dizia ele possesso.”
Ignorado nos circuitos específicos, quer da literatura, quer da pintura ou das ciências, quase nunca citado nas obras de especialidade, foi estranhamente através da classe política que obteve o primeiro reconhecimento nacional do seu valor artístico e cultural, ao ser-lhe atribuída, a 10 de Junho de 1998, pelo Presidente Jorge Sampaio, e a título póstumo, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
O livro que acompanha esta mostra, com aproximadamente 250 páginas, e arranjo gráfico de Humberto Nelson, tem cerca de 200 reproduções a cores, contemplando diversas áreas: biográfica, plástica, científica e literária, com textos de Amélia Muge, António Cabrita, José Forjaz e Bernardo Pinto de Almeida. Cada núcleo tem reproduções referentes ao seu conteúdo.
A exposição seguirá tanto quanto possível o conteúdo do livro, pretendendo-se que ela possa constituir uma primeira mostra significativa da obra desta personalidade singular. Os principais objectivos foram então: localizar e classificar uma obra dispersa e complexa, tarefa a que a Árvore se entregou com grande empenho, seleccionar uma amostra significativa e dar pistas para um maior conhecimento e leitura desta obra e deste artista fascinante.
A Exposição presente na Cooperativa Árvore estará patente até 12 de Dezembro.
"O Sinaleiro das Pombas", de 1933 a 1994
Horário:
De 2ª a 6ª das 09:00 às 23:00
Sábados das 15:00 às 19:00 e das 21:30 às 23:00
Domingos das 15:00 às 20:00