MacBeth no Teatro de Marionetas do Porto
O Teatro de Marionetas do Porto estreia hoje, no Balleteatro Auditório, o texto original de William Shakespeare – ‘Macbeth’. Até 25 de Fevereiro, ‘MacBeth’ instala-se na cidade invicta. Uma das obras mais famosas de William Shakespeare sobe ao palco do Balleteatro Auditório, no Porto, pela mão do Teatro de Marionetas do Porto. Aventurando-se numa experiência única, até à data, o Teatro de Marionetas do Porto leva à cena o texto de Shakespeare transportado pelo misticismo das marionetas.
‘Macbeth’ foi escrito por Shakespeare na primeira década do século XVII, fase na qual a sua inspiração emergiu e foram também escritos diversos textos, como ‘Hamlet’, ‘Otelo’, ‘Júlio César’, entre outros de semelhante importância. ‘Macbeth’ está centrada nas crónicas de Holinshed, que referiam acontecimentos e factos passados na Escócia referentes ao século X e XI. Porém, há acontecimentos centrais e de especial destaque no texto: o assassínio do rei Duff por Donwald, bem como o assassínio de Duncan por Macbeth, fazendo-se a devida referência ao reinado seguinte.
Após ter estado presente no Porto há 45 anos atrás, na altura representada pelo Teatro Experimental do Porto, a peça regressa novamente, porque lembrar Shakespeare nunca é demais. Vivendo a linguagem de Shakespeare no Balleteatro Auditório através de marionetas, a música ocupa também um papel fundamental, quer seja preenchendo lacunas ou completando espaços já definidos.
‘Macbeth’ conserva em si o perfume da tragédia. Ainda hoje em dia, após alguns séculos volvidos, é ‘Macbeth’ a grande tragédia e a mais distinta de todos os tempos. O amor e o destino, o impulso e o poder são as grandes máquinas que fazem desenrolar a acção a todo o vapor, sem nunca lhe retirar a actualidade. A poesia como forma de expressão máxima, fazendo sobressair o íntimo do ser humano, é o centro da tragédia, o caminho pelo qual se descodificam as estradas dos sentimentos e pensamentos.
‘Macbeth’ é levado a cena no Balleteatro Auditório, pelo Teatro de Marionetas do Porto, a partir do dia 2 de Fevereiro e até 25 do mesmo. A tradução do texto esteve a cargo de João Palma Ferreira, a encenação e cenografia é de João Paulo Seara Cardoso, e as marionetas e figurinos estiveram sob a responsabilidade de Júlio Vanzeler.