De Frédéric Beigbeder este livro é publicado pela Editorial Presença e já se encontra traduzido em 21 línguas, tem sido um verdadeiro sucesso editorial, tanto pela forte polémica que, 14,99 – A outra face da moeda, gera como pela curiosidade que tem despertado.
Um escritor em publicidade é o criador de aforismos que vendem.
Esta é a opinião de Octave, um verdadeiro mago das palavras, sobre o seu emprego na famosa agência publicitária La Rasse, como redactor publicitário, um emprego que lhe oferece dinheiro, mulheres e cocaína em doses industriais.
Simultaneamente um vencedor e um perdedor, Octave leva uma vida sinistra, parecendo-se mais com um morto-vivo que vê, como único brilho na vida, o reflexo dourado do seu cartão de crédito.
Certo dia, uma campanha particularmente perversa e duvidosa vangloria os aspectos de determinado produto lacticínio, detonando o rastilho na mente deste anti.herói. É então que Octave explode, e da pior maneira possível: querem uma definição do cliente ideal?
Qualquer débil mental quase nos cinquenta, os nabos da publicidade? Esses já deram início à Terceira Guerra Mundial. A rebelião é total, erguendo-se primeiro em palavras brutais – e verdadeiramente sentidas -, e depois tornando forma em violentos actos… e por fim corpo através de homicídio.
Da Ilha de La Jatte, em pleno Sena, onde os seus chefes passavam horas intermináveis, a Miami, durante a filmagem de um anúncio sob o efeito de anfetaminas; de seminários em luxuriantes hotéis em África aos apartamentos de Saint-Germain-des-Prés; do inferno do sexo à inocência perdida, Frédéric Beigbeder concebe, entre o jornalista de investigação e o escritor, a confissão de um filho do milénio numa ficção corrosivamente crítica.
14,99 – A outra face da moeda
Este livro apresenta também, embora de ânimo leve, uma denúncia aberta ao mercantilismo universal e à exploração do homem pelo homem, através da vulgarmente denominada publicidade. Quanto mais não seja, urna história sobre ética… por apenas 14,99.
À semelhança de Octave, o seu criador trabalhou durante anos como redactor publicitário na Yaung & Rubicam francesa. Farto até à náusea daquele universo, Beigbeder garante que não inventou nenhuma das mirabolantes peripécias que aqui relata e insiste, como Octave, que escreveu o livro para ser despedido… o leitor perceberá porquê.
Mais urna vez a realidade imitou a ficção e o autor, ainda antes da publicação deste livro, viu-se sumariamente despedido, sem direito a indemnização e por falta grave – entenda-se por falta grave não ter marcado férias atempadamente (!).
Influenciado por dois grandes autores contemporâneos, Michel Houllebecq e Bret Easton Ellis, a sua é uma literatura arrasadora, contundente, sarcástica, incisiva, um pouco panfletária, cruel e intensamente divertida.
Pelas suas características muito próprias e pelos efeitos estilísticos criados proporciona uma fascinante aventura da linguagem.
Frédéric Beigbeder, nascido a 1965 em Neuilly sur Seine, licenciou-se em Ciência Política no Instituto de Estudos Políticos de Paris, no ano de 1987.
Crítico literário na imprensa escrita, radiofónica e televisiva, escreveu para o jornal Globe e para as revistas Glamour (19W-1994), ELLE, Paris-Match (1995-1997), Voici e Lire (desde 1998) e faz a sua estreia televisiva no programa Rive Droite/ Rive Gauche.
Enquanto redactor publicitário criou o Prémio Literário Flore (1995), cujo júri era constituído por jornalistas parisienses que anualmente premiavam uma obra original.
O autor conta com uma vasta lista de romances publicados:
- Mémoires d’un jeune homme dérangé (1990),
- Vacances dans le coma ( 1994 ),
- L ‘amour dure trois ans ( 1997) – fruto do seu divórcio após três anos de casamento
- Nouvelles sous ecstasy(1999)
- Dernier inventaire avant liquidation (2001).
14,99 – A outra face da moeda de Frédéric Beigbeder já se encontra traduzido em 21 línguas, do japonês ao norte- americano, e tem sido um verdadeiro sucesso editorial, tanto pela forte polémica que gera como pela curiosidade que tem despertado.