Uma família, os segredos que partilham em conjunto com as alegrias e as tristezas. Uma história de família bem portuguesa de anos recentes, passada entre Lisboa e o Alentejo.
Uma história de família
Os Almanrosa são uma das famílias mais antigas de Portugal e orgulham-se desse facto. No prédio da rua de S. Bento é uma correria de crianças, a geração mais nova, que perturba e alegra o quotidiano das tardes.
Sofia Marrecas Ferreira, a autora, falou com a Mulher Portuguesa acerca deste livro que descreve como ‘uma história de família à portuguesa recheada de tios, primos e avós, sempre com uma relação muito terna e solidária até à altura em que surge o segredo, mantido escondido, que vai criar problemas. Ao mesmo tempo o livro tem vários núcleos que se dividem por famílias que tocam um pouco de tudo o que é português, com famílias e figuras rústicas como a Fausta, uma figura muito forte e de que gosto muito.’
A realidade dos Almanrosa divide-se entre as ruas de Lisboa, cidade amada de Sofia Marrecas e o Alentejo, onde possuem uma propriedade no Alvito, a zona de Portugal que mais apaixona a autora. ‘Lisboa é fantástica e o Alentejo tem uma força única.’
Neste livro há ainda o lar das Andorinhas onde se encontram as pessoas mais velhas e onde os dias se passam entre as recordações do passado. ‘O romance é uma história de famílias portuguesas. Gosto que haja o lado bom, o mau e o mais ou menos, porque o mundo não é perfeito, é feito de tudo um pouco.’
Entre as personagens passam-se histórias que se interligam e separam como acontece na história da vida. E são os contornos dessa história que a autora vai desvendando aos olhos do leitor, numa narrativa em que os diálogos são uma sequência dos pensamentos e da narração, captando os instantes e as imagens quase como se de uma redoma de vidro se tratasse em que todos nos podemos ver reflectidos.
Este é o segundo romance de Sofia Marrecas Ferreira, sendo o primeiro ‘Mulheres de Sombra’, ambos publicados pela Editoral Presença. A apresentação do livro no seu lançamento esteve a cargo de António Alçada Baptista.