O Vespeiro de Patricia Cornwell da Editorial Presença
O Vespeiro
Charlotte é uma cidade da Carolina do Sul conhecida por todas as forças policiais como ‘o vespeiro da América’, mas neste Verão rigoroso parece que o próprio Diabo anda à solta.
Vive-se um dos Verões mais quentes e húmidos de que há memória e em consequência disso, o número de crimes aumenta em flecha. Uma onda eminente de violência e assassínio assola a região e nem todos os polícias do departamento parecem conseguir controlar a situação.
Tudo piora quando um serial killer começa a abater eminentes homens de negócios de longe, atraindo-os para fora da cidade, onde os mata a tiro e abandona os corpos a poucos metros dos seus carros de aluguer. Mas nunca se esquece de deixar a sua marca, desenhado a grafitti laranja uma ampulheta nos órgãos genitais das vítimas.
Um trio de personagens vai empenhar-se corajosamente e arriscar as próprias vidas para desvendar mais este mistério. Judy Hammer é a dinâmica chefe da polícia da cidade que conta com a ajuda de Virginia West, a chefe adjunta, e com Andy Brazil, um repórter do Charlotte Observer (jornal em que a autora trabalhou durante a juventude) e um polícia voluntário nos seus tempos livres.
Ao mesmo tempo que as investigações prosseguem, Patricia D. Cornwell, a autora, traça também o retrato de uma típica esquadra de polícia americana, com todas as tensões, os tédios, as alegrias e tristezas de que se fazem a vida dos polícias, a quem a autora dedicou esta obra.
Neste romance, Patricia Cornwell desvia-se um pouco do seu cenário preferido, as práticas forenses, para nos mostrar alguns dos procedimentos policiais em determinadas situações.
Este livro já foi considerado menos como um romance e mais como um estudo de carácteres, apresentados pelo trio de personagens e pode ser agora apreciado pelo público português, em mais uma edição da Presença, na colecção Fio da Navalha.
Patricia Cornwell nasceu em Miami há 42 anos e teve vários problemas durante a sua infância, tendo sido maltratada e abandonada, por isso tomou muito cedo consciência de que a sociedade americana negligencia em muito as vítimas. Durante a juventude foi jornalista de investigação e colaborou como voluntária numa esquadra de polícia, experiência que lhe valeu para o realismo dos seus romances.