A filosofia na alcova de Marquês de Sade da Europa América, da colecção Grandes clássicos Eróticos.
A filosofia na alcova
Raras vezes um autor suscitou tanta polémica, ódios e desprezo como Sade.
Nascido em pleno Iluminismo, passou cerca de 30 anos enclausurado em diversas prisões francesas, sistematicamente acusado de desrespeito à moral pública e aos bons costumes. Libertado em 1790, desempenha então uma acção política de relevo nos primórdios da Revolução, mas volta a ser preso em 1793 e, por pouco, não é condenado à guilhotina. Finalmente, em 1804, é internado no Hospício de Charenton, onde veio a falecer, em 1814, com 74 anos.
Na sua vasta obra, A Filosofia na Alcova ocupa lugar de destaque por constituir uma síntese do pensamento e estilo do seu autor que, através de personagens como Madame de Saint-Ange, Eugénie, Madame de Mistival, Cavaleiro de Mirvel, Dolmancé, Augustin e Lapierre, elabora uma profunda crítica à sociedade francesa do século XVIII.
Como em muitas das suas obras, muito para lá da sua aparente sexualidade demencial, a prosa elaborada por Sade em A Filosofia na Alcova encerra em si mesma um profundo estudo de natureza política, filosófica, social e psicológica que contribui para um melhor conheciemnto do género humano nos seus mais obscuros recônditos.