As doenças que se consideravam desaparecidas, estão de volta

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Doenças
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Algumas doenças consideradas como desaparecidas, estão a voltar, mais agressivas, e ameaçam a população mundial.

Doenças desaparecidas

Nos países desenvolvidos, as principais causas de morte são provocadas pelas doenças cardíacas e pelo cancro. No entanto, os vírus, as bactérias e os parasitas continuam a ceifar milhões de vidas por ano, em todo o mundo.

Os antibióticos, criados para combaterem estes problemas, apresentam indicies cada vez mais baixos de eficiência. Os gérmens estão a desenvolver mecanismos de defesa para se esquivarem à acção dos antibióticos, algo que acontece sempre, mais cedo ou mais tarde, segundo os especialistas.

A varíola foi a única doença infecciosa que se conseguiu extinguir até aos nossos dias. O último caso conhecido aconteceu em 1978, mas na década de 50, milhões de pessoas morriam por ano em consequência da varíola, e outras ficavam marcadas pela sequelas permanentes. Em 1966, a Organização Mundial de Saúde organizou uma campanha de vacinação que chegou a todos os cantos do mundo com um sucesso tão elevado que se tornou desnecessária a imunização.

A infância é a principal vítima das doenças infecciosas. Desde 1990 morreram cerca de 80 milhões de crianças com menos de cinco anos. Na sua grande maioria, a morte deveu-se a doenças que já têm tratamento mas que não foi aplicado a tempo. 20 milhões de vidas foram já salvas na última década, com a vacinação de crianças contra a difteria, sarampo, poliomielite, tuberculose e o tétano.

A tuberculose está a provocar cerca de três milhões de mortes por ano, em todo o mundo, quase tanto como há um século atrás, altura em que ainda não se conhecia cura. O aumento de doentes de SIDA, mais vulneráveis a esta doença, e o facto da bactéria resistir aos antibióticos, está a aumentar as preocupações acerca de uma doença que se considerava controlada.

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O sarampo, que é até olhado como uma passagem da infância nos países desenvolvidos, é a causa de morte para mais de um milhão de crianças nos países do Terceiro Mundo.

A ameaça cada vez mais crescente das doenças infecciosas tem a ver com o excesso de população mundial, que em 50 anos passou de 2,5 biliões para 6 biliões, e a concentração de milhares de pessoas nas cidades, na maioria das quais sem governos que saibam fazer face à falta de condições sanitárias, escassez de água potável, cuidados de saúde básicos e outras condições que permitem a propagação das infecções.

Um dos grandes benefícios da tecnologia moderna, a aviação, que permite viajar para países distantes em apenas algumas horas, permite também que um vírus consiga alcançar vários pontos do planeta. Alguns exemplos: anos atrás foram detectados casos de malária entre pessoal dos aeroportos de Londres e Nova Iorque, devido a mosquitos que foram trazidos dos trópicos no interior de aviões comerciais.

Em 1986, foram detectados insectos transmissores da malária no interior de pneus de automóveis enviados do sudoeste asiático para os Estados Unidos.

A Organização Mundial de Saúde tem estado atenta a este avançar da situação e promete que, até ao final do ano 2000, será efectuada a erradicação total de doenças como a poliomielite e a lepra, através de campanhas de vacinação nos países dos trópicos e do Terceiro Mundo.

Uma esperança ao fundo do túnel.

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