A aspirina e o síndrome da classe turística

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Síndrome da Classe Turística
Síndrome da Classe Turística
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Todos já tomámos aspirina, no mínimo, uma vez na vida. Conhecida pelas suas múltiplas funções, a aspirina é agora também associada ao combate do Síndrome da Classe Turística.

A aspirina é uma das grandes invenções do século XX. Colocada no mercado por volta do ano de 1899, é possível encontrá-la em qualquer parte do mundo. Uma caso inédito ao nível da medicina do qual muitas pessoas não abdicam em circunstância alguma.

Síndrome da Classe Turística

Inicialmente comercializada com o intuito de baixar a febre e atenuar as dores, a aspirina é hoje utilizada para inúmeros problemas. Para além da prevenção da aspirina no que diz respeito a problemas cardiovasculares, a este fármaco foram recentemente associadas outras funções preventivas, nomeadamente no que diz respeito à embolia pulmonar.

Quando as pernas se encontram muito tempo imobilizadas, como é o caso das viagens de avião demasiadamente longas, há uma tendência para se formarem coágulos sanguíneos, que se deslocam das pernas para a zona cerebral. A formação destes coágulos pode levar a uma embolia pulmonar, que pode mesmo conduzir à morte.

Resultados publicados no ‘The Lancet’, referentes a um estudo realizado recentemente, vêm demonstrar que a tomada de aspirina, algum tempo antes do voo, pode diminuir os riscos de embolia e de trombose, no mínimo, em 30% dos casos. Pacientes de hospitais do Reino Unido, Suécia, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, permitiram que os especialistas chegassem a esta conclusão após se terem submetido à experiência, embora antes lhe fosse realizado um implante do joelho ou cirurgia da anca.

A aspirina permite assim uma redução dos casos de embolia pulmonar ao nível dos 43%, e de trombose na ordem dos 29% nos pacientes com fractura da anca. A imobilidade das pernas leva à formação dos respectivos coágulos sanguíneos e, por essa mesma ligação, se associa o risco de embolia pulmonar às pessoas que viajam de avião em voos de muitas horas.

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A este género de situação foi colocado o nome de Síndrome da Classe Turística, isto é, pessoas que viajam durante muitas horas e que ficam susceptíveis à formação de coágulos.

O estudo que referimos anteriormente realizou também a seguinte experiência: analisou 20 pessoas totalmente saudáveis após as mesmas terem permanecido cerca de 8 horas imobilizadas e com uma pressão idêntica à de um avião.

Da experiência verificou-se a existência de componentes de sangue ligadas à formação de coágulos. Por esse motivo, o risco de embolia pulmonar nos voos de longa duração é muito superior, e é necessário que as companhias aéreas se apercebam desta realidade.

Muitos especialistas estão já a recomendar o consumo de aspirina antes de um voo de longa duração, tendo em conta o número de passageiros nos quais foi diagnosticado esse indício. Assim, os especialistas recomendam que as companhias aéreas enviem pequenas doses de aspirina às pessoas.

Os viajantes / turistas têm a possibilidade de se prevenir tomando aspirina, que deve ser facultada pelas companhias aéreas no momento da reserva de voo.

A aspirina veio revolucionar o panorama farmacêutico em todo o mundo. Aplicada nos mais diversos e distintos casos, fácil de ser adquirida, de baixo preço e transportável para qualquer parte, a aspirina prepara-se agora para ser a solução deste‘Síndrome da Classe Turística.

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