Acredita em fadas?

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Acreditar em fadas
Acreditar em fadas
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Pequenos seres que vivem nos bosques e não se deixam ver pelos seres humanos, as fadas têm feito as delícias de gerações.

As fadas sempre foram assunto de vários povos desde os antigos até aos actuais. Depois de serem banidas as crenças em seres sobrenaturais, na Idade Média viveu-se um renovar destas lendas, distribuído pelo folclore de diferentes povos, tomando também estes seres diferentes formas. Numas regiões assumem a forma de pequenos seres alados e noutros de mulheres que vivem nos bosques ou nos rios.

As fadas parecem ter a sua origem nos frios países da Escandinávia, embora o nome etimológico pareça ser de origem persa, com a modificação da palavra Peripara Fairy, no inglês.

As gwaragedd annwn são fadas da água galesas, lindas donzelas que ocasionalmente capturam mortais para serem seus maridos. Uma lenda conhecida conta que todos os primeiros dias do Ano, era encontrada uma porta aberta perto de um lago galês e todos os que ousassem entrar, davam com uma passagem secreta que os levava a uma pequena ilha no meio do lago.

Chegando a um jardim encontravam as fadas galesas que festejavam com os convidados oferecendo-lhes fruta, flores e divertiam-nos com bela música. As fadas contavam os seus segredos aos visitantes e convidavam-nos para ficar ali o tempo que desejassem. No entanto, elas alertavam para que a ilha fosse um segredo e para tal não deveria ser levado nada daquele lugar encantado.

Um dia, um visitante do jardim encantado, colocou no bolso uma flor pensando que lhe traria sorte. No momento em que saiu de novo para a terra ‘profana’, a flor desapareceu e ele ficou inconsciente. Desse dia em diante, a porta que dava acesso ao jardim permaneceu fechada.

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Noutras regiões, as fadas são descritas como pequenos seres, ligadas à terra e ao ar e que são capazes de realizar trabalhos bastante minuciosos. Têm ainda o poder de transformar a aparência das coisas para o belo ou para o feio conforme seja a sua vontade. A sua tarefa principal parece ser a protecção dos seres humanos contra as maldições dos espíritos maus.

Habitariam na Terra das Fadas ou Alf-Heinner e faziam algumas surtidas na Terra deixando como traços da sua visita lindas frutas que deixavam na relva que tinham pisado durante as suas danças à luz da Lua. Junto delas, como também representantes do ar encontravam-se quase sempre os Silfos, responsáveis por moldar as nuvens do céu e brincarem com elas.

Se pensa que são apenas histórias de crianças, fique a saber que muitos adultos se sentiram irreversivelmente atraídos por elas, e escreveram mesmo sobre o assunto. ‘Sonho de uma noite de Verão’ de Shakespeare ou mesmo o português Gil Vicente, com o seu ‘Auto das Fadas’, texto proibido pela Igreja por representar a bruxaria, são exemplos disso.

O mais famoso exemplo de alguém que acreditava piamente no assunto foi Sir Arthur Conan Doyle, enganado por duas raparigas e as suas famosas fotografias de fadas de papel (conhecidas como as ‘Fadas de Cottingley’) tiradas no seu jardim. Doyle chegou a publicar um livro sobre as fadas, The Coming of the Fairies.

Ele e um teólogo chamado Edward Gardner publicaram as fotografias tiradas por Elsie Wright, de dezasseis anos, à sua prima de dez, Frances Griffiths, com os recortes de fadas de Elsie, e proclamaram a sua autenticidade. Seguiu-se um debate sobre se as fotografias eram reais ou apenas fotografias psíquicas que reflectiam os sonhos das raparigas.

Seres reais ou apenas fruto do folclore, quem nunca sonhou ou desejou encontrar uma delicada fada enquanto passeava por um bosque ou jardim? Ou a nossa fada-madrinha, que nos concede os desejos? Sonhos…

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