A kombucha é o nome dado a uma bebida de origem chinesa com mais de 2000 anos. É ligeiramente gaseificada e de sabor agridoce e avinagrado, semelhante ao da sidra, características que tornam esta bebida facilmente aceite pelos consumidores.
A produção típica de kombucha é feita com base de chá preto ou verde ao qual é adicionado sacarose (açúcar) e a SCOBY (Symbiotic Colony Of Bacteria and Yeast), uma cultura de bactérias e leveduras. A adição de 50 gr de açúcar por litro de chá parece ser suficiente para atuar como substrato de fermentação da SCOBY.
A kombucha pode variar de acordo com o tipo de chá usado como base, concentração de sacarose, tipo de SCOBY, temperatura do chá antes da adição da SCOBY (não deve ser superior a 20º) e tempo de fermentação (de três a 60 dias).
Quais os benefícios da kombucha
O consumo de kombucha tem sido associado a alguns efeitos benéficos na saúde de quem a consome, nomeadamente na melhoria da microbiota intestinal e do sistema imunitário.
Tal facto deve-se à presença de vitaminas do complexo B (B1, B2, B6, B12), vitamina C e probióticos, que atuam como anti-inflamatórios.
Os efeitos benéficos da kombucha são atribuídos ainda à presença de chá preto ou chá verde, ricos em catequinas, flavonóides, dois polifenóis antioxidantes capazes de eliminar radicais livres e metais pesados, tendo assim um potencial desintoxicante elevado.
Devido à sua componente detox, estes polifenóis apresentam um bom potencial na redução do colesterol sérico e pressão arterial (fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares), diabetes, insuficiência renal e doenças oncológicas.
A bebida de kombucha destaca-se também na prevenção e recuperação da saúde osteoarticular, uma vez que contém na sua constituição glucosamina e condroitina, agentes anti-inflamatórios importantes na síntese de colagénio e combate ao desgaste das articulações.
As principais bactérias e leveduras constituintes da kombucha pertencem ao género Acetobacter, Gluconobacter, Saccharomyces e são responsáveis pela atividade antibacteriana e impedem a contaminação da bebida por bactérias patogénicas.
Há contra indicações?
A Food and Drug Administration, agência norte-americana responsável pela fiscalização e regulamentação dos alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, e os Kappa Laboratórios referem que o consumo desta bebida é segura para o ser humano, não se verificando evidência suficiente que demonstre toxicidade e efeitos adversos associados ao seu consumo.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (Centers for Disease Control and Prevention – CDC), um consumo diário de 120 ml não apresenta qualquer risco para a saúde.
Este valor deve ser respeitado, uma vez que esta bebida pode conter um teor elevado de açúcar e contribuir, assim, para um ganho de peso.
Contudo, há contra indicação para o consumo desta bebida em grávidas e lactantes, uma vez que o consumo de kombucha pode favorecer a produção de heparina, um componente glicosaminoglicano que inibe a produção de proteínas do sistema de coagulação, sendo prejudicial no terceiro trimestre da gravidez.
Alguns estudos fazem referência a sintomas como náuseas, tonturas, distúrbios gastro intestinais, distúrbios hepáticos, reações alérgicas aquando o consumo excessivo, especialmente em pessoas mais sensíveis a bebidas ácidas e gaseificadas, insuficientes renais e doentes hepáticos.
Pode ser produzida de forma artesanal ou comprada em espaços de produtos biológicos.
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