Os apreciadores de chás têm razão quando dizem que o modo de preparação do chá (infusão e decoção) é fundamental. Isso é o que vai determinar não apenas o sabor, mas também os efeitos medicinais do chá.
Certas plantas perdem o seu valor terapêutico dependendo do modo como são tratadas antes de serem vendidas.
É importante destacar que os efeitos benéficos ou indesejáveis dos chás dependem da adequada indicação, modo de preparação, dose, uso da planta correta (é muito comum o uso de plantas que não foram corretamente identificadas) e até mesmo a forma como a planta foi cultivada e colhida.
Para aproveitar bem os benefícios de qualquer planta medicinal, a primeira regra é ter a certeza do que se está a adquirir. Muitas plantas medicinais são parecidas (aspecto das folhas, por exemplo) com plantas que não possuem nenhum efeito.
Além disso, o manuseio da planta até ao ponto de venda deve ser bem controlado e feito dentro dos critérios de qualidade, uma vez que as etapas de secagem e moagem da planta, por envolverem aquecimento, podem reduzir ou até mesmo eliminar o efeito benéfico esperado.
Diferença entre uma infusão e decocção
Quanto ao modo de preparação, é importante esclarecer que há dois modos básicos: a infusão e a decocção.
Infusão de chá
Na infusão, a água é aquecida até ponto de fervura (quando se começam a formar bolhas no fundo da chaleira), então a água quente é vertida sobre a planta e a mistura fica em repouso por alguns minutos, de preferência tapada. Esta técnica é geralmente aplicada para preparação de chás de folhas, flores e frutos moídos e preserva o óleo essencial.
Decocção de chá
Já na decocção, as partes da planta são fervidas junto com a água por alguns minutos. Esta técnica é aplicada geralmente para o preparo de chás das cascas, raízes ou pedaços de caule, que por serem mais duros precisam de um método mais rigoroso para a extração para a água dos compostos benéficos presentes na planta.
Para se obter o efeito esperado, é preciso seguir qual o modo indicado de preparação do chá escolhido.