No Verão, nada melhor que um fresco copo de vinho e há refeições que não o dispensam. A história do vinho é quase tão remota quanto a humanidade.
A história do vinho
A Bíblia menciona que foi Noé o primeiro homem a plantar a vinha e a beber o vinho, embriagando-se, mas as referências históricas colocam esta bebida ainda mais longe na Antiguidade.
Uma lenda persa conta que o vinho foi descoberto por uma mulher, ao tentar envenenar-se. Isto porque o senhor que servia adorava uvas e mantinha-as em recipientes para durarem todo o ano, com o rótulo de “veneno” para evitar que os criados as comessem. A serva, tentando matar-se, resolveu beber aquele “veneno” e em vez disso provou um delicioso líquido, que a embriagou. Ao contar ao seu senhor, este passou a produzir aquele “sumo” para si mesmo, que em breve se expandiria.
É no Oriente que a produção vinícola tem maior tradição, e está ligada à mitologia oriental, especialmente a de Baco, Deus do vinho grego, para quem se dedicavam festas especiais em Atenas, com um dia por ano totalmente dedicado aos bacanais, manifestações que foram proibidas em 186 a. C. pelos poderes públicos, mas que remontam, na sua essência, ao Egipto.
No III milénio já se encontra documentada a vinha e o vinho, em países como a Síria e a Palestina. Textos de arquivo referem este líquido em 2300 a. C., em Elba e desde os séculos XIV e XIII a. C. em Ugarit.
A circulação do vinho por toda a Europa fica a dever-se aos fenícios, que permitem o seu desenvolvimento mediterrâneo.
Na Península Ibérica, não foi dada muita importância ao vinho, o que apenas vem a acontecer com a chegada dos romanos, e no século I esta passa a ser uma das mais importantes actividades da Lusitânia, gabada em muitos textos romanos.
A invasão árabe do território vem a apurar ainda mais a técnica de cultivo e de fermento do vinho, apesar dos muçulmanos se encontrarem proibidos pelo Alcorão de ingerir bebidas alcoólicas.
Numerosas são as referências que se encontram em relação à aplicação do vinho na saúde, com famosas receitas medicinais, como para uma boa digestão, ingerir o licor do mosto claro.
Portugal e o vinho
Portugal viu as suas vinhas atacadas no século XIX pela praga da Filoxera, um insecto minúsculo que ataca as folhas e os ramos das videiras ou se fixa nas raízes, o que fez decair em muito a produção e a qualidade do vinho português, apenas recuperada anos mais tarde.
E já agora, fique a saber que o vinho tinto, bebido com moderação, é uma forma de se manter saudável. As suas propriedades são garantidas pelos especialistas e constam de muitos estudos relacionados com o chamado “paradoxo francês”.
Um copo de vinho pela sua saúde
É neste país, onde o vinho é rei, e é consumido com “foi gras” (patés ricos em gorduras), que se morre menos de problemas cardíacos, menos que nos EUA, onde é elevada a ingestão de bebidas gasosas e alimentos ricos em hidratos de carbono.
Não deixe pois de beber uma taça de bom vinho tinto, português, é claro.