Há quem viva obcecada a temê-la, e há também quem a pratique sem qualquer preconceito. Conceito dos nossos dias e de sempre, a infidelidade paira no ar como uma sombra…
A infidelidade
O sexo é um tema banal nos dias de hoje. Todos falam dele, todos o praticam e quase já ninguém tem pudor em comentá-lo. Mas, esta vaga de modernidade e de desinibição explícita permitiu que um novo conceito assolasse a sociedade: a infidelidade.
Desde sempre praticada, e escondida a sete chaves em muitas sociedades, a infidelidade ganhou forma e muitos dos chamados corretos foram rotulados de infiéis ou imorais.
Nas telas do cinema, nos écrans das televisões, nas revistas e entre tantos outros locais, o culto do corpo atractivo e perfeito faz despertar ideias e atribui a sensação de liberdade, num mundo que de livre ainda não tem o pretendido.
A procura da perfeição, a sensação de perigo e a velha máxima “o fruto proibido é o mais apetecido” fazem com que homens e mulheres partam em busca de novas sensações e momentos que durante tanto tempo reprimiram.
Na realidade, os casos de infidelidade sempre ocorreram. Não são de agora. O que se passa é que hoje em dia, os limites estão mais flexíveis do que antigamente e, ainda que se mantenham determinados valores, o culto do casamento começa a ser cada vez menos usual.
Isto é o sinónimo evidente de que as pessoas não se querem prender, exatamente com o intuito de não terem que dar satisfações. Homens e mulheres livres que vivem o momento e depois partem, na busca de novas experiências.
Todavia, nem todos pensam assim. Há aqueles para os quais o casamento, compromisso e fidelidade são coisas sagradas, que vão muito além dessas correntes modernas de virar de século.
Mais prazer e aventura
Para estes, os chamados modernistas, o prazer e sensação que se tem em ter relações sexuais fora do compromisso é muito maior do que, quando se tem com a companheiro(a). Este facto demonstra a necessidade que o ser humano tem em se envolver em novas experiências, sejam elas de que âmbito for.
Infidelidade masculina
As mulheres traídas ainda não encaram nada bem esta situação, mesmo que o seu parceiro refira que não a vai deixar e que é ela que amam. Desculpas para o ocorrido é o típico “Um Homem não é de ferro” ou a mais despropositada “Estava com os copos, nem me lembro dela!”.
O homem julga que se tiver muitas mulheres, mesmo tendo um compromisso firme, revela a sua masculinidade e a forma como ainda é desejado, mesmo que já não tenha propriamente 20 anos.
Infidelidade feminina
As justificações das mulheres, caso seja o homem o traído, retratam normalmente, falta de carinho, necessidade de atenção e de afecto, e um desejo de ser vista como Mulher, e não como a companheira perfeita ou a mãe dos seus filhos.
Tal como os homens, as mulheres também precisam de sentir que conseguem causar desejo a muitos homens e que ainda são muito atractivas.
No fundo trata-se, em ambos os casos, de uma auto afirmação permanente da pessoa, reveladora da insegurança que provoca a busca de outras pessoas para se sentir mais importante ainda.
Porque razão eles são infiéis?
Mas, a mulher não trai o marido com a facilidade com que ele o faz.
Para a mulher trair o homem já tem que haver qualquer coisa antiga, e não algo que surja do dia para a noite. Por sua vez, se um homem observar uma mulher atraente, com um corpo razoável e que lhe dê um bocado de conversa, este não hesita e trai a sua companheira nesse instante.
A diferença é que a infidelidade masculina é algo apenas carnal, enquanto que a infidelidade feminina implica um conjunto de factores, mais amplos do que somente a questão do corpo e prazer.
Homens e mulheres já aderiram a este modelo de vida, e há quem tenha relacionamentos liberais nos quais os dois podem envolver-se com quem quiserem.
Fruto de uma nova mentalidade ou de um excesso de liberdade, o que é certo é que a infidelidade provém de onde menos se espera. Como uma sombra Ela persegue todos nós…