Quando era nova sonhava com um homem alto, louro, musculoso, que havia de ir ao seu encontro montado num cavalo branco. Viviam felizes para sempre! Mas, isto é apenas um conto de fadas!
A ideia de que havemos de encontrar o nosso príncipe encantado continua ainda a fazer parte do mundo imaginário de muitas adolescentes. Muitas delas ainda não têm a perfeita consciência que homens e mulheres têm qualidades e defeitos, e que essa história do príncipe em cima do cavalo branco é pura ilusão.
Com o passar dos anos, as mulheres vão se apercebendo de como funciona o mundo masculino e vão deixando para trás a ideia do homem perfeito. O problema é quando elas continuam a sonhar com essa imagem por anos fora…
Os homens não são perfeitos
Não existe homens perfeitos, e é essa ideia que tem que interiorizar de uma vez por todas! A história do príncipe que vem num cavalo branco era apenas uma história como tantas outras da sua infância ou adolescência, apelando ao romantismo, à pureza, inocência, e felicidade.
Ao longo do tempo, você mesma já se deve ter apercebido que muitos dos valores de antigamente se perderam. Então, porquê continuar a acreditar em tamanha ilusão? Viver num mundo imaginário, com os pés bem distantes da terra, não a vai ajudar a ser feliz, mas apenas a fechar-se no seu próprio mundo, um mundo de ilusões criados por si.
Um dia quando encontrar, ou se já encontrou, um homem que a faça feliz não julgue que esse sonho será eterno. Homens e mulheres erram e cometem graves erros, porque as pessoas têm formas de visão diferentes e os objectivos de um nem sempre são os objectivos do outro.
Por isso, existem as discussões, as divergências, a ideia de que “não temos nada a ver um com o outro”. Depositar todas as suas fantasias de menina num homem que a galanteie não vai dar bom resultado para si. Você pode querer ficar com ele para sempre, e ele ter um objectivo contrário. Já pensou nisso?
O homem da sua vida
As mulheres que mais têm tendência a sofrer nas suas relações amorosas, seja porque motivo for, são exatamente aquelas que mais idealizam o seu companheiro como alguém perfeito, o seu “príncipe”.
Recusam-se a ver os defeitos dele e não se cansam de idealizar que aquele é o seu príncipe encantado, apenas faltando o típico cavalo branco. Facilmente a mulher age em função dos seus gostos, torna-se uma escrava sentimental, e vive obcecada pelo companheiro. O medo do perder é tal que ela fará qualquer coisa para conseguir estar o máximo de tempo com ele, de preferência as 24 horas do dia.
No homem, ou pseudo-príncipe, como queiram, a mulher projecta toda a sua felicidade. Nada mais importa a não ser ele, estar com ele, olhá-lo, amá-lo, e fazer com que ele seja seu eternamente. Frequentemente este tipo de situações provocam saturação no homem, que acabará por abandonar a mulher por não aguentar mais a dependência dela.
Nesta fase, a mulher tem tendência para entrar em depressão, perder a pouca auto estima que lhe restava, e humilhar-se, sem limites ou regras, para que o companheiro volte para ela. E, de uma hora para a outra, a história do príncipe encantado aparenta ter terminado mal!
De 20, 30, ou 40 anos, a verdade é que existem muitas mulheres que continuam ainda à espera do seu príncipe encantado, perfeito por dentro e por fora, e com quem construirá uma família enorme.
A expressão “juntos até que a morte nos separe” é o mote deste tipo de mulheres, independentemente do que a vida lhes reserve após o casamento. Mulheres mais sensíveis, frágeis, continuam em busca desse ser perfeito, da sua alma gémea, vivendo uma vida de ilusão.
Há que acordar para a realidade e perceber que o ser humano tem qualidades e defeitos, e que essa história é apenas possível em livros e filmes. Isto porque, a vida real não é um sonho cor de rosa, como em tempos chegou a pensar!