Um estado de alma e espírito que ninguém consegue explicar na perfeição. Bate à porta sorrateiramente, sem se fazer anunciar e, invade a calma dos dias banais. O medo surge passado algum tempo, quando as coisas avançam em demasia. É isto a paixão?…
Quando a paixão chega
Ninguém sabe nem compreende muito bem, o que é isto de amar e de estar apaixonado. Há quem diga que a paixão é passageira e o amor eterno, mas encontrar em manuais uma definição científica é impossível. Porém, são cada vez mais as pessoas que sofrem desilusões amorosas e a entrega total, de corpo e alma, é cada vez mais adiada.
A entrega de que lhe falamos, implica necessariamente confiança e segurança, uma ligação muito forte com a outra pessoa. Todavia, muitos são os casos de pessoas que dão tudo, recebendo apenas um mísero e escasso nada. Daí que, actualmente se viva ao sabor dos pequenos prazeres da vida, sem se pensar no amanhã.
Entregar-se totalmente a alguém implica riscos, mas inclui também uma série de regalias. Quantas e quantas vezes, não pensou no que poderia ter acontecido se fizesse aquele telefonema? Ou mesmo, se tivesse correspondido àquele olhar penetrante que o primo da sua melhor amiga lhe dirigiu?
Na maioria das situações, as coisas ou gestos não se executam, não por falta de interesse mas, por mero receio do que aquele gesto ou palavra reveladora, possa implicar num futuro próximo. Tudo isto, por causa do que o passado lhe reservou e que, ainda está bem vivo na sua memória.
As pessoas têm o grave problema de fazer comparações, relativamente aos casos amorosos passados ou dos casos dos seus conhecidos. Esta comparação como forma de encontrar uma interpretação ou resposta, pode ser prejudicial e impedi-la de realizar aquilo que realmente lhe apetece, mas que o seu instinto racional não lhe permite.
Aquilo que perturba a entrega, é esta ideia negativa de que as coisas podem seguir um rumo menos positivo e que, por esse motivo, vá sofrer mais tarde. Por isso, muitas das vezes mantém-se uma relação sempre na defensiva, temendo perder o relacionamento e a pessoa que está a seu lado.
Este medo acaba por deixá-la mais frágil a ataques por parte da outra pessoa, ainda que julgue que tem controlo na situação. É preciso compreender o seu companheiro, aceitando-o tal como ele é, sem exigir uma mudança brusca na sua personalidade.
Sempre que tenha alguma dúvida ou problema, fale com a outra pessoa e não deixe que o silêncio comande a relação. Eleve sempre ao máximo as suas qualidades de forma a ter o ego saudável de emoções, tendo por base certezas irrefutáveis e nunca dúvidas desnecessárias.
Ponha de parte essa agressividade quando debater um problema conjugal. A falar é que as pessoas se entendem e, nunca recorra aos gritos ou histerias perturbadoras. Sem dúvida, que procura um esclarecimento de alguma coisa mas, utilizando esta última estratégia vai piorar ainda mais, o abismo que pode já existir.
Se seguir estes simbólicos conselhos, as coisas funcionarão pela positiva. Não compare situações, pois já alguém disse que “Cada caso, é um caso“. E, se o amor ou a paixão lhe bater à porta, convide-a a entrar no seu mundo, sem receios ou medos. Contudo, não parta logo para os sonhos, porque tudo tem um meio termo. O pior é que, é difícil encontrá-lo quando já se entregou de corpo e alma…