O Viagra promete ser a solução para aqueles males? Mas há quem ainda prefira recorrer aos tradicionais alimentos afrodisíacos. Na Internet, um site faz publicidade às qualidades afrodisíacas de uma receita de carneiro assado.
Para quem precisa de ver para crer, esta página apresenta ainda a prova verdadeira (??) de um indiano com 107 anos que, graças a esta receita milagrosa, não mais parou de ter filhos.
Este é apenas um dos sites, entre muitos outros, que se dedica ao mundo dos produtos afrodisíacos.
Esta palavra tem, aliás, a particularidade de atrair a nossa atenção: sem rodeios, a verdade é que todos nós queremos ter mais e melhor sexo.
E os afrodisíacos parecem corresponder a esse nosso desejo – estes são agentes que, devido às suas características, são capazes de aumentar o nosso desejo e resposta sexual.
Os alimentos afrodisíacos
Por exemplo, o que comemos e como o comemos…
Num dos seus últimos livros, a escritora Isabel Allende estabelece uma relação entre a gastronomia e a sexualidade.
- Para ela, o ato amoroso deve seguir os preceitos de uma refeição: começa-se por uma sopa ligeira, passa-se para uma entrada, depois vem o prato principal e, finalmente, a sobremesa.
- A forma das bananas, dos espargos ou do aipo lembra-nos qualquer coisa, não é verdade? Pois é, legumes e frutas, cuja forma associamos aos próprios orgãos genitais, são considerados como afrodisíacos.
- Mas existem outros alimentos afrodisíacos potenciadores do desejo: ovos, caviar, alho, chocolate, trufas, amendoim ou as tradicionais ostras.
- Estas são, aliás, ricas em zinco, um mineral que contribui para uma melhor saúde em geral e, consequentemente, para um melhor desempenho.
- Comida picante também parece funcionar como estimulante sexual: a pimenta e outros picantes provocam reações, no organismo, semelhantes às provocadas pelo acto sexual como o aumento do ritmo cardíaco e suores.
Estamos a falar de alimentos afrodisíacos e de comida mas, no mundo natural, também existe este mesmo tipo de afrodisíacos naturais.
Plantas afrodisíacas
Quem nunca ouviu falar do pau-de-cabinda ou do ginseng? Associadas aos prazeres carnais, elas prometem ser muito eficazes.
Os seus efeitos já foram, aliás, demonstrados em laboratório mas, única e exclusivamente, em animais.
Mas há mais… Do Brasil, chega-nos o guaraná em pó e da Índia e África o yohimbe. Esta erva há muito que é usada e, tem hoje, o sugestivo nome de “erva Viagra”: os seus efeitos passam pelo estímulo dos centros nervosos na coluna vertebral que, por sua vez, aumentam a capacidade de ereção.
Mas as consequências também podem ser fatais já que as alucinações, a ansiedade, a fraqueza ou mesmo a paralisia são muito comuns em que a toma.
Pétalas de rosa, patchouli, sândalo… A lista não tem fim.
Produtos afrodisíacos
Outros produtos mais estranhos também têm lugar: corno de rinoceronte, testículos de tigre são usados na medicina tradicional chinesa para melhorar a capacidade sexual.
Como consequência desta prática, muitos destes animais encontram-se, agora, em vias de extinção.
Um pouco por todo o mundo podemos encontrar as mais diversas crenças. Mas será que estes poderes mágicos são mesmo verdadeiros?
Na realidade são mais os efeitos psicológicos do que os seus efeitos físicos. No fundo, uma pessoa ganha maior confiança porque está convencido de que está sob o efeito de um afrodisíaco.
Mas, o que é certo, é que as pessoas continuam a acreditar no poder destes produtos. A magia que rodeia os alimentos afrodisíacos ainda não desapareceu e parece que veio para ficar.