Todas sonhamos em ter corpos esbeltos e figuras dignas de uma passarelle. Mas se bem que essas imagens de mulheres extremamente magras não sejam de modo algum saudáveis, também não o são os corpos demasiado rechonchudos.
Uma boa saúde depende do peso adequado para cada pessoa, ou do que mais se aproxime dele. O excesso de peso fica a dever-se quando há uma ingestão calórica superior aos gastos, originando a acumulação de uma obesidade definitiva, a que estão associados riscos aumentados de doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes melitus, artroses, etc.
A importância de perder peso leva muitas pessoas a recorrerem a dietas milagrosas que prometem um grande emagrecimento num curto espaço de tempo e que de facto levam à perda de peso rapidamente, mas, após terminar a dieta, os quilos em excesso e tão custosamente perdidos (geralmente apenas água e não gordura), vão regressar,ou mesmo aumentar. Perder peso rapidamente é algo que não funciona e pode mesmo prejudicar a saúde.
As chamadas dietas iô-iô, em que se engorda, emagrece, engorda de novo são bastante nefastos e favorecem a acumulação de gordura abdominal. Para ser eficaz, o processo de emagrecimento deverá ser lento e para isso é necessário modificar alguns dos hábitos alimentares, conseguindo mantê-los após o período de dieta, ou seja, para o resto da vida. Uma alimentação saudável é a resposta para o sucesso.
Para tal deve consumir menos gorduras, especialmente as saturadas, cortar no açúcar, usar com moderação o sal e ingerir mais fibras. Para um adulto com actividade física reduzida como é o caso da grande maioria dos habitantes dos centros urbanos, a ingestão diária de gorduras não deveria exceder os 60-90 gramas (lembre-se de que cada colher de sopa de óleo ou margarina leva 10 grs.). Deve preferir sempre os alimentos e métodos de culinária magros e tenha atenção às gorduras saturadas que se encontram camufladas ou sob a pele dos animais.
Não pense que a gordura que ingere vem apenas nos óleos ou margarinas. Esta encontra-se também no leite, no queijo, nas carnes e peixes gordos, nos produtos de charcutaria ou pastelaria. Para além de estar invisível, este tipo de gordura é saturada e pode elevar o nível de colesterol sanguíneo. E como para tudo é sempre preciso dar o primeiro passo, pode começar declarando guerra às calorias, não adoçando as bebidas ou alternando a sua alimentação com produtos de teor reduzido de calorias.
Existem também as alternativas mais saudáveis que passam por lacticínios magros, carne e peixe da mesma constituição, produtos de charcutaria à base de frango ou peru, e as sobremesas à base de leite magro, gelatinas de frutas, bolos de claras, nougat e gomas. Ao sentar-se à mesa tenha cuidado em retirar toda a gordura visível à carne e a pele às aves, consuma aves e peixes mais frequentemente e menos carnes vermelhas e substitua estas por feijão ou grão, lentilhas e queijo.
Para desengordurar os molhos, deixe-os arrefecer e retire a gordura que se acumulou à superfície.
Reduza a frequência e a quantidade de alimentos fritos e quando fritar use sempre gorduras insaturadas e utilize papel de cozinha para absorver parte da gordura. São de preferir as gorduras de origem vegetal, em especial as insaturadas como o azeite, óleos de milho e girassol, e margarinas ricas em ácidos gordos polinsaturados, pois além de algumas delas serem muito ricas em vitamina E e outros antioxidantes, fornecem ao nosso organismo os ácidos gordos essenciais que este não consegue sintetizar. Ingira mais fibras a partir de cereais pouco refinados, produtos hortícolas e leguminosas.
Mas acima de tudo, tenha em conta que a prática de exercício físico é um dos melhores aliados no combate aos quilos a mais.