Fatais Agressões Solares

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A pele é formada por várias camadas que se completam. Protege-as!

Externamente está a epiderme, formada mais por camadas de células mortas e de queratina, uma proteína. A segunda camada da epiderme é composta por camadas de células que se diferenciam de forma a perder o seu núcleo e transformarem-se em apenas queratina.

Na junção da epiderme com a derme é que estão os melanócitos, as células produtoras de pigmento que dão a cor à pele humana. Na derme encontram-se os vasos sanguíneos, os nervos e várias estruturas que dão a sensibilidade de tacto, calor, frio, pressão e dor. É a dilatação destes vasos sanguíneos que dá o rubor da face em determinadas ocasiões e que dá também a coloração avermelhada às inflamações da pele.

Na derme estão também as glândulas sebáceas e sudoríparas. Debaixo desta, encontra-se a hipoderme, composta por gordura após a qual se encontram os músculos.

O Sol é um dos principais factores de risco para a pele, devido à intensidade dos seus raios ultra-violeta, que em Portugal incidem com a sua maior força entre 15 de Junho e 15 de Setembro. A sua acção sobre a pele produz dois tipos de efeitos: a curto-prazo uma exposição prolongada pode causar um ‘golpe de Sol’ que em casos extremos pode mesmo levar à morte e a longo prazo aumenta o foto-envelhecimento da pele.

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Por usa vez, o colagénio, um dos constituintes da derme também é afectado pela acção solar. Este endurece e a camada que forma torna-se gradualmente mais fina, diminuindo assim a protecção às agressões exteriores e a absorção de água.

Conhecer o seu tipo de pele é meio caminho andado para se proteger melhor dos efeitos do Sol. E isto não conta apenas para o Verão mas também para quando viajar para países ou zonas do país, onde se encontre neve, normalmente terras altas que também estão mais expostas à acção dos raios-ultravioletas. A prevenção faz-se evitando a exposição excessiva aos raios solares.

Se a exposição é inevitável devemos fazer uso de chapéu, roupa clara que reflicta a luz e doses maciças de protector solar, que em caso de realizar banhos de mar ou de piscina, devem ser reforçadas.

Em Portugal o cancro mais frequente é o de pele, que se revela em idades cada vez mais baixas, entre os 20 e os 30 anos de idade. Verifica-se um enorme aumento de casos nas consultas de dermatologia do nosso país com 7500 novos casos de cancro da pele por ano. O melanoma é o mais maligno dos cancros desta espécie humana e o carcinoma basocelular é o mais frequente, não tem capacidade de metastização (ou seja, as células cancerígenas não se alastram a outros tecidos) e a sua malignidade é local. Embora provoque grande sofrimento, raramente leva à morte. Cerca de 95 por cento dos cancros de pele são curáveis. O carcinoma espirocelular é o mais agressivo, com metásteses e surge sobretudo nas áreas expostas do corpo à acção solar, sendo que os sintomas surgem rapidamente com a ulceração da pele. O diagnóstico destes tipos de carcinomas é sempre feito pela biópsia.

Os sinais e sintomas que a seguir apresentamos não fazem o diagnóstico do cancro da pele mas devem alertar para que se procure um médico especialista. – Uma úlcera (ferida) que cicatriza de forma intermitente (fecha e abre). – Alterações em lesões antigas de pele como sangramento, ulceração, novo nódulo, etc. – Ulceração ou nódulo numa zona de pele em que existe uma cicatriz ou fístula. – Sinal avermelhado crónico com erosões leves. – Sinal que muda de cor com variações de vermelho, preto, etc… – Sinal que apresenta margens irregulares.

Os melanomas podem aparecer de forma que se assemelha a sinais corporais. É preciso ter em atenção que os sinais pigmentares se dividem em dois grupos: aqueles com que nascemos (congénitos) e os que aparecem ao longo da vida (adquiridos), os mais perigosos do “ponto de vista do cancro da pele”.Os primeiros apenas apresentam riscos quando mudam de tamanho ou de cor, sendo que, se apresentarem mais de quatro centímetros, devem ser analisados pelo dermatologista.

Os sinais adquiridos surgem mais frequentemente em grupos de pessoas de pele clara ou com familiares com o mesmo tipo de sinais ou que já tiveram cancros de pele. Algumas alterações devem dar o sinal de que algo está mal: alterações de cor, crescimento rápido, irregularidades do contorno, distribuição do pigmento ou o reaparecimento dos sinais depois de retirados cirurgicamente.E não se esqueça que o período de latência da cancerização é de vinte anos, pelo que o que não sente agora pode vir a afectá-la no futuro.

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