Acne na adolescência

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Acne na adolescência
Acne na adolescência
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A fase da adolescência de cerca de 80% dos jovens é marcada pela Acne.

Uma doença crónica da pele resultante de influências hormonais e genéticas que, por ser tão frequente, é considerada pelos especialistas dermatológicos como praticamente universal durante este período, embora também possa persistir na fase adulta.

Este grau de incidência faz da Acne a principal causa que leva os jovens portugueses às consultas de Dermatologia, sendo que 10 a 15% dos casos apresentam formas consideradas graves da doença, não só pelas suas repercussões físicas, mas também, psicológicas ou mesmo psiquiátricas.

A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade.

Em alguns casos, o quadro pode tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação).

O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:

  • Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (borbulhas).
  • Acne Grau II: cravos e borbulhas pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
  • Acne Grau III: cravos, borbulhas pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
  • Acne Grau IV: cravos, borbulhas pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.

Tratamento da Acne

Sendo doença de duração prolongada e algumas vezes desfigurante, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens acometidos pela acne.

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O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade.

Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.

A limpeza de pele, que pode ser realizada por esteticista devidamente capacitadas, tem acção importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos), evitando a sua transformação em espinhas.

Em casos de acne muito grave (como a acne conglobata), ou resistente aos tratamentos convencionais, pode ser utilizada a isotretinoína (Roacutan), medicação que pode curar definitivamente a acne em cerca de seis a oito meses na grande maioria dos casos.

Acne Grau IV: cravos, “espinhas” pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.

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