A matemática continua, ainda, a ser o grande martírio dos estudantes. Disciplina complexa e de estudo difícil, a história da matemática é tão antiga como a história das civilizações.
A história da matemática
A matemática não surgiu há meia dúzia de décadas. No Antigo Egipto, por exemplo, a matemática surgiu como uma necessidade do povo, que necessitava de um método para realizar projectos de construção de templos e pirâmides, bem como de uma fórmula para definir as quantidades dos objetos.
Partindo deste princípio, os egípcios começaram a recorrer aos símbolos para designar quantidades. O Papiro Ahmes, da autoria de Ahmesu, foi o primeiro manual de matemática do Antigo Egipto.
Porém, a origem da necessidade de contar e assinalar quantidades, em forma de marcas ou símbolos, remonta ainda à época na qual o homem vivia ainda em cavernas. Já nessa altura, quando o homem ia caçar, registava os animais que tinha conseguido matar fazendo riscos em paus de madeira ou em ossos de animais.
Mais tarde, servindo-se os pastores de pedras para contar a quantidade de ovelhas do seu rebanho, e para confirmar que nenhuma se tinha afastado, iniciaram, inconscientemente, aquilo a que deu o nome de cálculo, aperfeiçoado muitas centenas de anos depois.
“Os números governam o mundo”- era esta a ideia de Platão. Mas, e ainda assim, não nos podemos esquecer que muitos povos, como os Romanos, foram extremamente importantes para que o conceito de matemática tivesse a forma, linha e métodos que hoje lhe conhecemos.
A história da matemática não tem uma origem ímpar, uma vez que provém de diversos povos, civilizações, cada um deles contribuindo para um conceito mundial desta matéria. Porém, nomes como os de Pitágoras, Euclides ou Arquimedes, são referências mundiais na organização dos conhecimentos matemáticos.
Um pouco por todo o mundo registou-se o nascimento de matemáticos importantes, como foi o caso de Girard, italiano, Karl F. Gauss, matemático e astrónomo alemão, James Joseph Sylvester, ou Evariste Galois, francês. Não nos podemos esquecer também de Guilherme Oughtred, matemático inglês, que utilizou pela primeira vez o símbolo da multiplicação, o ‘x’ , em 1631, sendo, por isso, este símbolo relativamente recente, comparado com outro tipo de avanços matemáticos.
Da matemática tradicional, que inclui a álgebra, cálculo ou aritmética, até à matemática mais complexa, abrangendo a astronomia ou mecânica, a matemática é o grande problema dos estudantes.
Pode tratar-se de uma questão psicológica, e os jovens simplesmente dizerem que não percebem nada de matemática. Porém, há mais duas possibilidades: ou os programas escolares são, de facto, difíceis, ou não são ensinados da forma correcta.
A verdade é que está bem à vista de todos as dificuldades que os jovens têm com a matemática. A média dos estudantes deste ano foi apenas umas décimas além dos sete valores, não se verificando qualquer melhoria de ano para ano neste âmbito.
A matemática é uma área para a qual, muito dificilmente, se consegue estar indiferente- ou se ama, ou se odeia- e, pelas últimas avaliações, são muitos os que preferiam não ter que estudá-la.
Com as portas de um novo ano lectivo a abrirem-se, é importante começar, ainda nos primeiros anos de escola, a cultivar nos mais jovens o gosto pelos números, garantindo assim uma maior probabilidade de sucesso no futuro.
Mas, esse acompanhamento especial em relação a esta vertente deve manter-se pelo resto da escolaridade, até ao momento em que o aluno tenha que enveredar por uma determinada área profissional.
Ao menos, assim, pais e educadores podem garantir que o jovem foi para determinado curso por opção, e não porque não tinha matemática, situação registada na maioria dos casos.
Gostar de matemática é o mesmo que gostar de filosofia ou de história mas, e para que isso se verifique, é importante que as pessoas/jovens comecem a encarar este mundo complexo da matemática de forma diferente, sem que se sintam derrotados logo à partida. A matemática pode ser algo bem interessante, mas para tal é necessário que todos, pais, educadores, professores, auxiliares, e alunos, contribuam com o seu melhor!