Pão-de-Ló de Alfeizerão e Ovos-Moles de Aveiro

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Pão-de-Ló de Alfeizerão e Ovos-Moles de Aveiro
Pão-de-Ló de Alfeizerão e Ovos-Moles de Aveiro
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Falta de cuidado no fabrico e/ou na conservação foram os principais problemas encontrados num teste a pão-de-ló de Alfeizerão e aos ovos-moles de Aveiro. Além disso, alguns produtos são vendidos à unidade” ou por embalagem, o que pode originar grandes diferenças de preços.

Pão-de-Ló de Alfeizerão

Apesar de a saúde do consumidor não ser posta em causa, os resultados obtidos denotam alguma falta de cuidado com a higiene e/ou a conservação daqueles doces tradicionais. Inclusive, três pastelarias (Confeitaria Peixinho, Pastelaria Confeitaria Avenida e Pastelaria Veneza, todas em Aveiro) foram eliminadas por os ovos-moles analisados conterem Salmonella, um microrganismo patogénico que pode causar intoxicações alimentares.

Embora aquela revista não tenha detectado a referida bactéria nas duas visitas que posteriormente fez, não deixa de ser preocupante a sua presença aquando da primeira visita.

Dados os problemas encontrados, a Direcção-Geral de Fiscalização e Controlo da Qualidade Alimentar reforça a fiscalização neste sector. Quanto aos pasteleiros, devem ter o cuidado de lavar e desinfectar convenientemente os utensílios, as bancadas de trabalho e as mãos, para evitar problemas.

Os ingredientes também deverão ser guardados ao abrigo da luz e do calor, dado que estes factores podem alterar a sua qualidade. Depois de confecionados, os doces devem ser guardados em locais refrigerados e longe de fontes de calor, como é o caso das luzes que iluminam as vitrinas das pastelarias.

Outro problema que a PROTESTE encontrou prende-se com o cálculo do preço. Na maioria das pastelarias e cafés onde são vendidos, tanto o pão- de-Ió como os ovos-moles encontram-se dentro de caixas.

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No primeiro caso, as embalagens apresentam, regra geral, um peso aproximado e é indicado um preço por quilo. Mas o pão-de-ló é vendido à unidade, seni que conste qualquer peso na caixa ou seja indicado um preço por quilo.

Os técnicos daquela revista mandaram pesar os doces e fizeram as contas para saber quanto realmente se paga e verificaram que, mesmo quando o preço por quilo anunciado é idêntico, existem algumas diferenças de preço. Assim, no caso dos ovos-moles, o consumidor deverá exigir que pesem a embalagem, para ter a certeza de que está apagar o preço por quilo correcto.

Quanto ao pão-de-ló, os locais de venda deveriam indicar sempre um preço por quilo e pesar os bolos na altura da compra.

A PROTeste exige que o ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, em conjunto com as entidades envolvidas (como as organizações de produtores e os organismos de controlo), deverá criar legislação específica que defina os ingredientes,

0 modo de confecção, bem como as características ao nível do sabor e do odor para cada doce. Só assim, o consumidor tem a garantia de que são sempre utilizados os mesmos critérios no fabrico.

Para que o consumidor pague o valor adequado à quantidade que compra, a legislação deverá, ainda, determinar que produtos como os testados, quando embalados, sejam vendidos ao quilo, devendo ser pesados na altura da venda.

Por seu lado, os fabricantes e vendedores deverão melhorar as condições de higiene e de conservação, não só durante o fabrico mas também na altura da venda. Além disso, deveriam indicar claramente nas respectivas embalagens o prazo de validade.e o modo de conservação correcto dos produtos.

Por fim, ao consumidor, resta-Ihe ter o cuidado de guardar os doces no frigorífico. Consuma no prazo máximo de 6 (pão-de-ló) ou 12 dias (ovos-moles), após o fabrico. Para tal convém perguntar, na altura da compra, quando foram fabricados. Por fim, deverá tirá-Ios do frio alguns minutos antes de os comer, para que recuperem o sabor e a textura originais.

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