A sorte ou o azar de ser Mulher

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A sorte ou o azar de ser Mulher
A sorte ou o azar de ser Mulher
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Nascer, e  Ser Mulher é ainda, em muitos países, um caso de azar ou nem tanto assim. Os Direitos Humanos são o caso mais grave. Médio Oriente e países asiáticos são uma fonte de exemplos.

A “sorte” ou o “azar” de ser Mulher

Dependem do local onde se nasce. A acreditar nas estatísticas, se nos países do Ocidente, eles parecem indicar que o respeito pelos direitos e pela participação da Mulher na sociedade, é cada vez maior o cenário nos países do Médio Oriente e da Ásia é bem mais negro.

O caso mais grave é, sem dúvida, os Direitos Humanos. Basta pensar no imenso número de países que ainda encara como uma espécie de tradição a Mutilação Genital Feminina. São práticas que não têm em conta a idade da Mulher, muitas vezes, ainda criança.

Um pouco por todo o mundo, são muitas as Mulheres prisioneiras, refugiadas basta pensar no caso de Timor, em que a maior parte dos refugiados consequência dos incidentes que se seguiram ao referendo de 30 de Agosto são Mulheres e Crianças.

Perseguição política, sindicalismo, educação, falta de cuidados básicos de saúde, dificuldades sem fim no acesso à justiça são alguns das muitas “variedades” de desrespeito pelos direitos das Mulheres, que encontramos um pouco por todo o Mundo.

Nas próximas semanas, a Mulher Portuguesa apresenta-lhe uma série de trabalhos sobre a situação das Mulheres nos países asiáticos e do Médio Oriente. Mas para que não se pense que Portugal é um exemplo a seguir, apresentamos-lhe também o caso português.

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“Eles apanharam-me na rua. Comecei a lutar contra a polícia de segurança, mas eles bateram-me na cabeça com a coronha de uma pistola e eu desmaiei.

Começaram a passar imagens pela minha cabeça. Os rostos da minha mãe e do meu pai perseguiam-me. Um método utilizado nas prisões iraquianas resume a sua barbaridade. Estamos a falar de violação não interessa o que eu já tenha ouvido falar sobre isso, nada me preparava para a verdadeira experiência.

Continua a viver dentro de mim. Ainda sangro bastante. Foi feito não só por um homem, mas por um grupo deles. Eles abafaram os meus gritos e protestos. Tive de desistir. E foi um espetáculo ao vivo; muitas pessoas vieram ver”:

Este é apenas um dos relatos de horror que nos surgem perante os olhos, quando percorremos estudos, relatórios, estatísticas sobre a situação das Mulheres um pouco por todo o mundo.

A violação é, talvez o caso mais flagrante e mais emblemático de todos os atentados que são cometidos contra as Mulheres. É pelo menos o que mais frequentemente nos vem ao pensamento, quando falamos sobre discriminação contra Elas.

Mas, ao longo da História da Humanidade, muitos são os exemplos que podemos encontrar. E se as estatísticas e os grandes documentos de estudiosos do assunto, parecem indicar que, no Ocidente, a Mulher conquistou terreno ao longo dos anos, já não é assim, quando viajamos para África, para o Médio Oriente ou para a Ásia.

Iraque, Irão, China, Birmânia, Bangladesh são apenas alguns exemplos de países onde Elas continuam muitos patamares abaixo d’ Eles.

Nas próximas semanas, a Mulher Portuguesa propõe-lhe conhecer a realidade da Mulher no Oriente. Uma realidade com cenários pintados a cores ainda muito esbatidas, em tons tristes, negros, na maioria dos casos.

E são muitas as áreas em que ser Mulher ainda é sinónimo de dor, sofrimento, torturas, medos, ânsias, angústias, receios. Se o caso mais grave é o desrespeito pelos Direitos Humanos, o panorama não é menos desanuviado no que toca à Educação, à participação política e cívica, à Saúde, à Justiça.

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