Gladiador um filme de Ridley Scott
Gladiador
Mais uma estreia para hoje, um filme que segue a linha dos grandes épicos de Hollywod e que pode subir ao podium ao lado de Cleópatra, Spartacus ou Ben-Hur. E como estes dois últimos, a arena romana toma uma enorme importância no filme, ou não fosse este acerca de defender a vida e lutar até morrer, numa produção de Ridley Scott.
A estrela do filme, como um general que se tornou escravo, um escravo que se tornou gladiador e um gladiador que se tornou herói é Russel Crowe, o general Maximus. A acompanhá-lo neste mundo romano estão Joaquin Phoenix, Connie Nielsen, Richard Harris, Djimon Hounsou e Spencer Treat Clark, entre outros.
Tem sido dito por muitos meios, que Gladiador é o primeiro grande filme de 2000, e como tal, na certa que vai concorrer para alguns Oscares. O que também é certo é que o enredo que move o filme nada tem de novo e, mais uma vez referido, vai buscar muita inspiração a Spartacus. A história de humilhação, desejo de vingança pela morte da família pelo prepotente imperador, preparação para tal e golpe final, em que o protagonista se torna herói, está mais que batida.
Os arranjos é que serão outros.
Para isso conta com algumas das melhores cenas de combate, desde Braveheart. Um dos aspectos mais fortes é mesmo o elenco, em que Crowe faz um dos seus melhores trabalhos. Todos os sentimentos, a força e a luta interior emanam da sua face. Ele é uma presença forte como general, e faz sentir a sua dor aquando prisioneiro e escravo. Como inimigo declarado tem Commodus, Joaquin Phoenix com uma interpretação que prima pela originalidade, em todas as emoções, principalmente na raiva, ambição e loucura que deixa transparecer.
As interpretações nos papeis secundários também impressionam pela positiva. Djimon Hounsou, Juba, é o companheiro de Maximus na vida de gladiador e o veterano Richard Harris aparece como o moribundo César Marcus Aurélio.
O filme tem início com uma batalha conduzida por Maximus e pelo seu exército. Desde a primeira imagem até ao final, nunca abranda nas duas horas de duração. A ver com muita atenção, mas não espere que saia em vídeo, porque foi feito para uma sala de cinema.
Um grande épico como já não aparecia há mais de 40 anos.