Facas e Anjos um filme de Eduardo Guedes
Facas e Anjos
Facas e Anjos proporciona a entrada no mundo dos palhaços, trapezistas e ilusionistas…
Hoje à noite, a mística do circo chega até ao ecrã da SIC. Com realização de Eduardo Guedes e argumento de Vicente Alves do Ó e João Alfacinha da Silva, “Facas e Anjos”, proporciona a entrada no mundo dos palhaços, trapezistas e ilusionistas…
Aquele que será o terceiro filme da SIC, abre as portas do pano já gasto, da tenda do circo e do ambiente que, une as diversas personagens desta escola dura e real que, é a arte circense. Dos sonhos desfeitos à perspectiva de vida idealizada, em função do nada, única coisa que se possui e, que se tenta preservar a todo o custo. Assim retrata, a voz silenciosa das “Facas e Anjos”.
Este filme demonstra o mito do abandono com a realidade dolorosa da perda, misturando-se com um amor excessivo e de difícil independência. A luz e a escuridão do circo, a realidade que penetra no seio da ilusão momentânea que, em breve findará. “Facas e Anjos”, é o caminho fácil e impulsivo das lágrimas aos sorrisos…
O circo neste filme é muito mais do que o pano de fundo ou, o alimento que comanda a acção. É acima de tudo, a essência e a alma da história, o fio condutor que tudo comanda, tudo acolhe e onde tudo adormece. Do interior das tendas do circo, para o luz dos nossos dias…
“Facas e Anjos”, é a nítida fotografia de um rapaz, como tantos outros pelo país fora, que vive com um homem e cujo único laço que os une, é o parentesco. Cansado da vida autoritária que o rodeia, João (Miguel Moreira), parte para se refugiar na alma irreverente da magia circense. É aí que encontra um pai, no verdadeiro sentido da palavra: o palhaço Catita, interpretado por Raul Solnado.
O desenrolar da trama envolve inúmeras situações, desde o amor paterno que um palhaço sente por João, até à paixão deste pela trapezista Dolores (Carla Bolito). A faquista do circo, Ana Bustorff, aqui na pele de Matilde, é outra das personagens de força e de ligação estreita, com o pouco amado João. É através destas personagens do circo que, João encontra uma verdadeira família.
Artistas do Circo Cardinali, deixam bem presente a força e profissionalismo da arte circense, através da participação de mestres nesta área ou de homens vulgares, habituados à sistemática tarefa de erguer e fazer desaparecer, em breves instantes, a tenda onde repousa o brilho do circo. Para além de toda a tentativa de fazer dar a conhecer a realidade do circo de uma forma real, a participação destes profissionais conferiu às cenas uma maior perfeição e veracidade.
“Facas e Anjos” com estreia nacional marcada para hoje, Terça-Feira, prevê ser uma preciosa relíquia perfumada de muitas emoções, encontros, sorrisos, ilusões e, sonhos, muitos sonhos. Os laços da famíla nómada circense, aqui invocados ao seu mais alto nível representativo. Do perigo da velocidade das facas, à pureza dos anjos… em exibição na SIC.