O arquiteto e designer de mobiliário italiano, Gaetano Pesce, descobriu um dia que, quase inadvertidamente, tinha criado 250 peças de joalharia. Os coloridos anéis, colares, pulseiras e pins em resina que até há pouco tempo se amontoavam no seu atelier em Nova Iorque fazem agora parte da exposição “Pezzi por Il Corpo”, que está patente na Galeria Basia Embiricos, em Paris.
O designer de 73 anos afirma que sempre gostou de trabalhar com materiais desconhecidos. “Um dia comecei a experimentar e, gradualmente, fui criando peças bastante inovadoras”. Feitas a partir de um composto de resina de poliuretano aquecida, as joias de Gaetano Pesce não se baseiam em esboços, resultando todas de um processo livre, que é 50% impulsionado pela mão do designer, e 50% pelas particularidades do próprio material.
A primeira incursão de Pesce na joalharia despertou a sua paixão pela experimentação e pela liberdade, mas há um valor tradicional que o designer não considera como principal: a beleza. “Eu trabalho de uma forma meio improvisada”, admite sobre as suas peças excêntricas e não estudadas. “Torna-se um novo tipo de beleza, que eu acho muito interessante… É um pouco como fazer bolos. Eu quero fazer um bolo muito bom. Mas não um lindo”, conclui.