Dançam como mulheres. Destacam-se pelas roupas vistosas, brilhantes, num cenário multicolor de sedução e fantasia. Mas, estas pseudo-mulheres são na realidade homens, as Drag Queens.
As Drag Queens
Conquistaram a noite de vários países do mundo inteiro. Embelezam a noite, conquistam as pistas, os balcões e as colunas onde, de modo exuberante, exibem os seus dotes artísticos. De dia podem ser homens, mas de noite mostram o seu lado mais feminino. Luzes, música e euforia: aí estão as Drag Queens.
A noite aproxima-se silenciosamente e, nos camarins concedidos especialmente para ‘elas’, a beleza é a palavra de ordem. Vestem-se como mulheres, com roupas provocantes e portadoras de muita extravagância, maquilham-se como divas daquele espaço, e toda a sua imagem é pensada até ao mais pequeno pormenor. Homens totalmente transformados num qualquer ideal de fantasia.
Portugal está a seguir cada vez mais a moda, se é que assim lhe podemos chamar, das Drag Queens. Homens que são contratados, e bem, pelo que se consta, para estar a noite a dançar, a animar o ambiente, de modo a que a manhã não traga com ela o fim imediato da festa. As Drag Queens são as verdadeiras divas das casas nocturnas.
E, longe vai o tempo em que as atenções se centravam exclusivamente num corpo genuinamente feminino. Hoje, são tão perfeitas que é complicado saber-se se se está perante um homem ou uma mulher.
Habitualmente, são pessoas que vivem para a noite, embora se possam encontrar casos de indivíduos que têm mais que uma função laboral. Sobem para cima dos palcos ou colunas, e fazem desse gesto a sua festa privada e das restantes pessoas que ali se encontram. As Drag Queens são excelentes dançarinos, com uma pose e postura muito própria que sedutoramente exibem.
Os movimentos do corpo e a apresentação visual é o que realmente mais importa numa Drag Queen. Vestem figuras históricas e míticas de personagens, que tanto podem ser retiradas de um filme como simplesmente serem fruto da imaginação da Drag Queen. Quanto mais excêntrica melhor, quanto mais ousada melhor.
Estas ‘mulheres’ estão por dentro do gostos femininos, não caem nos exageros das roupas ou das medidas desproporcionais, e andam sempre na moda. Exibem ao máximo a sua sensualidade, sem qualquer pudor, embora não utilizem formas ou métodos apelidados de pornográficos. Desfilam como modelos, andam como manequins, dançam como musas e as formas do seu corpo fazem inveja a muitas mulheres, no verdadeiro sentido da palavra.
Muitas assumem-se homossexuais, vendo nestas horas os momentos em que realmente podem soltar os seus gostos e desejos, mas outros afirmam que fazem desta profissão apenas uma forma de arte como outra qualquer. Fantasiam-se e imaginam ser uma pessoa diferente. No fundo, representam e interpretam uma determinada personagem ao som da música.
As Drag Queens já se assumiram na noite lisboeta como figuras enigmáticas que, tão cedo, não irão sair do ambiente das discotecas. A noite é a máscara que melhor lhes permite revelar a sua excentricidade e extravagância e, em muitas ocasiões, por detrás do corpo do homem esconde-se uma autêntica alma de mulher. Preparem-se as dançarinas profissionais, pois as Drag Queens vieram mesmo para ficar!