Pela passerelle da Moda Lisboa Freedom desfilaram ontem as coleções de Ricardo Andrez (LAB), Marques’ Almeida (LAB), Ricardo Dourado, Pedro Pedro, Alexandra Moura e Filipe Faísca. E a Praça do Município foi, uma vez mais, o ponto de partida destas grandes apresentações.
Moda Lisboa Freedom
Ao início da tarde, os convidados rumaram aos Paços do Concelho para assistir ao desfile de Ricardo Andrez, que nesta estação inspirou-se em Rock Hudson e direcionou a sua coleção para uma estética do falso. “O que conta é enganar o olhar e iludir na perspetiva”, explicou o designer.
Na passerelle LAB desfilaram ainda as propostas de estética grunge e 90’s de Marques’ Almeida. Na busca por um código de vestuário juvenil, Marta Marques e Paulo Almeida trabalharam o denim com a mesma estética crua que têm vindo a trabalhar, mas desta vez tingiram-no e combinaram-no com malhas feltradas em mohair. A introdução do amarelo ácido serviu como elo de ligação entre os restantes materiais.
No espaço BPI, sala B, Ricardo Dourado apresentou a sua primeira coleção masculina. Uma coleção inspirada nos “Rioters”, com grandes volumetria e fortes contrastes de materiais. Acessórios metálicos, casacos oversize usados diretamente sobre a pele ou em contraste com mousselines muito leves e a combinação de três comprimentos no mesmo look são as suas propostas para o próximo inverno.
As restantes apresentações decorreram no Pátio da Galé. Pedro Pedro propôs “Urban Mix”, uma mistura de diversas inspirações, para um resultado streetwear, em materiais couture. Predominaram as formas soltas e curtas, em saias linha A, blusões blue collar worker, golas e malhas oversize. O look contemporâneo foi reforçado por zips metálicos, vivos e cordões. Nas cores destacaram-se o azul royal, tijolo, castanho, branco, preto e bege.
Alexandra Moura jogou com os opostos – feminino / masculino; estruturado / romântico; largo / justo; curto / comprido – em “Agri…Doce”, uma coleção caracterizada pela fusão de pormenores do mundo urbano com os do mundo rural. Linhas mais pesadas e estruturadas, tendo como base o preto, traduziram a vertente mais urbana e contemporânea, enquanto as linhas e os detalhes mais românticos, bem como a utilização de tecidos com motivos florais e apontamentos de branco e rosa claro, expressaram uma vertente mais rural.
E foi sob fortes aplausos, que Filipe Faísca encerrou mais uma edição da ModaLisboa. Nesta estação, o designer trabalhou a ideia de proteção numa coleção de silhuetas estruturadas em que o preto predominou. Mousselines, crepes, jerseys, rendas, feltros e cabedal surgiram ainda em tons de branco e nude, para um inverno 2013 repleto de elegância e sofisticação.