A Ilustre Casa de Ramires de Eça de Queirós

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A Ilustre Casa de Ramires de Eça de Queirós
A Ilustre Casa de Ramires de Eça de Queirós
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Publicado pela Editorial Presença, o romance A Ilustre Casa de Ramires de Eça de Queirós, inserido na colecção Obras de Eça de Queirós, chega até ao grande público como um dos mais importantes e significativos títulos do grande escritor, título este que Eça não chegou a ver publicado em vida.

A Ilustre Casa de Ramires

Com base nas edições críticas publicadas pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda sob a coordenação do Professor Carlos Reis, a Presença dá a conhecer ao público em geral o texto que corresponde à última vontade do autor fixado em edição corrente.

A partir deste critério foram já publicados O Mandarim; A Capital e Alves e Cª. Obras de Eça de Queirós é uma colecção criada para introduzir uma nova e actualizada leitura dos livros deste grande autor português.

O rigoroso trabalho de fixação dos textos foi realizado no âmbito do projecto de edição crítica das obras de Eça de Queirós, sob coordenação do Professor Carlos Reis, em curso na Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

A colecção que a Presença edita dá a conhecer ao público em geral o novo texto fixado, em edição corrente, na qual foram revistos e expurgados os erros das edições anteriores. Os leitores podem, a partir de agora, ter acesso a edições em que é reposta a fidelidade aos textos do nosso maior romancista.

A primeira versão d ‘ A Ilustre Casa de Ramires, embora ainda incompleta, foi publicada na Revista Moderna entre 1897-1899. A partir desta primeira versão, Eça reescreveu significativamente este romance, que foi publicado em livro em 1900 -após a morte do escritor, nesse mesmo ano -, sendo por isso considerada uma obra semipóstuma.

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Gonçalo Mendes Ramires, bacharel em Direito por Coimbra, e descendente de uma casa anterior ao reino de Portugal, começa a redigir a novela A Torre de Ramires, em que conta os feitos dos seus antepassados para se tornar conhecido como escritor, já que aspirava ao lugar de deputado.

Quando finalmente consegue esse lugar, sobe ao alto da torre ancestral, pertencente aos seus avoengos e onde há muito não ia, e aí considera a inutilidade da função política. Assim, após algum tempo de permanência em Lisboa, Gonçalo parte inesperadamente para África, que sempre tivera por lugar onde Portugal se faria maior e onde conseguiria prosperar economicamente.

É de referir que a genese deste romance de carácter histórico se situa na década de 90, sendo praticamente certo que o episódio do Ultimatum Inglês (1890) tenha contribuído, em muito, para inspirar Eça numa reflexão sobre vários aspectos que o atormentavam: o destino heróico de Portugal; a questão colonial; a decadência do regime monárquico e as instituições e práticas que o suportavam.

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