A Rapariga de Pequim de Chun Shu, trata-se de mais um lançamento da Editorial Presença, ao mesmo tempo romance e biografia, é a história de vida da própria autora relatando o percurso de uma adolescente entre os 14 e os 18 anos.
A Rapariga de Pequim
A geração de Chun Shu não tem memória das convulsões que agitaram este país num passado ainda recente. Pequim é hoje uma cidade cosmopolita, onde floresce uma cultura underground fortemente influenciada pela cultura ocidental, em particular nos meios ditos marginais, e muito especialmente na cena musical, onde desde há uma década não cessam de proliferar os grupos rock e onde se pretende cultivar um espírito punk, sinónimo de experiências libertárias.
Chun Shu é uma jovem invulgarmente sensível e inteligente, apesar da sua aparente irresponsabilidade. Chun Shu é uma jovem provocativa nos comportamentos que aspira entrar na Universidade de Pequim, mas acaba por abandonar a escola aos 15 anos, incapaz de suportar as regras castradoras que lhe são impostas.
Durante um tempo entrega-se às suas experiências arrojadas. Descobre o sexo, o compromisso amoroso (a que se adapta mal), a poesia e a literatura. E, claro, a música rock. Gosta de pintar-se, de vestir roupas novas e mudar excentricamente a cor do cabelo.
Aos 18 anos tem um romance publicado, que fala em nome de uma geração com uma espontaneidade que muitos consideram cruel. Mas a grande qualidade da sua escrita reside na ingenuidade de quem está apenas ocupado a dizer aquilo que sente, numa linguagem poderosa e poética.
A Rapariga de Pequim é um livro que não só seduziu os seus conterrâneos como rapidamente transpôs as fronteiras do seu país, para, um após outro, conquistar o interesse de numerosos países em todo o mundo, tendo já vendido acima dos cem mil exemplares.
Observações: Colecção – Grandes Narrativas