O Grande Senhor de Louis Gardel da Editora Bizâncio
O Grande Senhor
Depois de ‘A Aurora dos Bem-amados’, Louis Gardel volta com mais um capítulo, este o final, da vida de Solimão, O Magnífico.
Solimão reina sobre todo o Oriente, senhor total do Império Otomano. A ele vergam a cabeça milhares de súbditos. Mas será este homem feliz? Este mesmo homem que ordena a morte à traição dos seus filhos, o mais velho Mustafá, que se opôs a ele e contra o pai levantou armas e Murad, vítima de uma intriga da corte urdida pela própria mãe.
Que ordenou a morte do seu melhor amigo e grão-vizir e que assiste impassível à morte do filho adorado e da mulher, uma escrava cristã erguida à posição de rainha.
É um homem vergado pela doença e pela velhice que encontramos neste romance, depois de o conhecermos na plenitude da juventude em ‘A aurora dos bem-amados’. Solimão conta com setenta anos e não pode caminhar devido à ancilose mas acompanha o seu exército na terceira campanha da Hungria, suportando dores atrozes que apenas confidencia a Moisés, um físico judeu, seu único companheiro e Efraim, filho deste, corcunda tal como o filho amado do sultão e que irá amparar nos seus últimos momentos, escondidos ao seu próprio exército.
Ele é o soberano mais poderoso da Terra mas cujas motivações e sentimentos escapam mesmo aos leitores que seguem a história e que se emocionam com o homem que nunca se permitiu sentir emoções.
O autor traça nestes dois volumes o retrato de um homem que surge aos nossos olhos como um herói moderno, que se confronta com as suas responsabilidades de governador e tirano. Ao mesmo tempo surge aos olhos do leitor toda a magnificência de uma época em que o ouro valia mais que as vidas de milhares e o poder era o fim de tudo. Mas até que ponto é que tudo isto mudou?
Louis Gardel ganhou vários prémios com os seus romances, para além de escrever para o cinema, é conselheiro literário das Editions de Seuil. Este é mais um magnífico romance que nos chega pela Editora Bizâncio.