Profundo como o mar: uma criança raptada, uma família destruída, um golpe de sorte e nada voltará a ser como antes. Poderá voltar a existir uma família quando se sente uma ausência e o fim desta conseguirá fazer tudo voltar ao que era?
Profundo como o mar
Ben é um engraçado rapazinho de três anos, subitamente raptado durante uma reunião de antigos colegas de liceu da mãe. Esta acto irá destruir para sempre a família mas basta apenas um instante para que, de novo, as vidas de todos os participantes neste drama voltem a mudar.
Um momento de distração é quanto basta para que quatro pessoas vejam todo o seu mundo desmoronar para uma profunda agonia. Beth, a mãe, bem que recomendou que Vincent não largasse a mão do irmão mais novo, mas quem é que poderia supor o que iria acontecer?
Uma mulher e mãe destroçada pela perda de um filho decide então desligar-se por completo da vida, deixando para trás os seus restantes filhos e marido. Nada no mundo a parece interessar e esse estado de espírito reflete-se na família, com Vincent a culpar-se sempre do que aconteceu, optando por uma vida em que a violência reina, odiando todas as formas de poder e a pequena Kerry tentando sobreviver num mundo destruído pela perda de um irmão que ela nunca chegou a conhecer.
Mas um acaso, nove anos mais tarde vai fazer com que tudo mude. A abordagem de um jovem que durante esse tempo morou apenas a alguns quarteirões de distância é o suficiente para que toda a família tenha de reformular a sua forma de ser e estar.
Com mestria Jacquelyn Mitchard descreve-nos a dor de uma família amputada de um membro e coloca a questão sobre até que ponto se pode ir no sofrimento. Ao mesmo tempo somos confrontados com a decisão acerca do que se deve fazer em relação a uma criança, desaparecida e que volta, quem tem direitos legais ou morais sobre ela e com quem deverá este jovem ficar. Um romance que retrata a vida real porque muitas famílias passam atualmente.
A ler de um só fôlego as cerca de 500 páginas deste romance, editado pela Presença.