A história do biquini e do fato de banho até aos nossos dias

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A história do biquini e do fato de banho até aos nossos dias
A história do biquini e do fato de banho até aos nossos dias
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A praia é um dos destinos favoritos quando chega o Verão. Corpos passeiam livremente e descontraídos de biquini ou fato de banho. Mas nem sempre foi assim.

Touca, meias pretas, sapatos de lona, calções pela barriga das pernas e uma blusa tipo túnica… Esta era a toilette para se ir à praia em 1880. Para garantir a boa decência, homens e mulheres tinham ainda zonas separadas.

Mostrar a pele? Nem pensar… Isso seria um escândalo. Aliás, ia-se à praia por questões de saúde e não para se ficar bronzeado.

Também era uma questão de moda. A realeza europeia, com pouco para fazer, descobria uma nova forma de passar o tempo. E as outras classes sociais também não queriam ficar de parte.

Entretanto, a sociedade e os seus valores foram mudando. A moda balnear também. Em 1891 são os braços que se desnudam, causando grande escândalo entre os mais puritanos.

No início do século XX, a australiana Miss Kellermann atravessa o rio Sena em Paris com um fato bem diminuto para a época.

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O aparecimento do fato de banho

Em 1911 surge o fato de banho ou maillot: pelo joelho, decotado, com mangas e de algodão. As mulheres usavam por cima um vestido. As coxas “saem à rua” a partir de 1924.

Mas nada disto se compara com a bomba que foi o Biquini. O fim da II Guerra Mundial trouxe consigo uma revolução nos costumes. Depois de 5 anos de um conflito devastador, as pessoas queriam voltar a viver a sua vida, a divertirem-se. 1946 é a data fatídica. Louis Réard, um engenheiro mecânico francês, apresenta na piscina Molitor de Paris, um conjunto de duas peças, em algodão estampado, que cabiam num cubo de apenas 10 cm.

Finalmente surge o biquini ou bikini

Chamou-lhe biquini em homenagem ao Atol de Bikini, no Pacífico, lugar onde foi testada a primeira bomba atomica. As reações não se fizeram esperar: considerado como imoral, foi proibido em piscinas públicas, em países como Portugal ou Espanha e nos filmes de Hollywood.

Outro francês de nome Jacques Heim também não quis ficar atrás e desenhou o “The Atome”, um modelo ainda mais pequeno. Réard respondeu com um biquini ainda mais reduzido. Resultado: só uma bailarina do Casino de Paris – Micheline Berbardini – é que o conseguiu vestir.Mas, apesar de todo o escândalo e ao contrário do que se pensava, os jovens aderiram em força.

Os anos 60 libertaram o corpo e a mente do tradicionalismo das gerações passadas. As praias foram invadidas por estes adolescentes com sede de diversão e nasceu o turismo de massa.

O monokini, já tem um lugar

A moda foi, entretanto, avançando. O monokini – apresentado por Rudi Gernreich – abriu caminho para o topless na década de 70… Modelos sem forro ou com a forma de triângulos fizeram furor… Os próprios materiais evoluíram de uma forma extraordinária sendo a licra, em 1959, uma das maiores inovações: mantinha a sua forma, não desbotava e secava rapidamente.

Hoje, há de tudo um pouco. Mais reduzidos, mais discretos, estampados, lisos, em algodão ou em tricot, com ou sem alças, a escolha é muito variada.Todos as coleções de grandes marcas não se esquecem de oferecer, cada Verão, os últimos modelos.

Este é um verdadeiro negócio… Há mesmo lojas especializadas em fazer biquinis, trikinis, monokinis e fatos de banho à medida e com tudo aquilo que queremos.

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