Regra geral, eles sabem sempre a canção do bandido para nos seduzir. É claro que isto aplica-se sobretudo a quando conhecem alguém há pouco tempo, mas (e agora aqui é que são elas!) também se aplica a relacionamentos mais sérios…
As manhas dos homens
Ai, ai são trocas e baldrócas, altas engenhócas que eles sabem inventar (Ei!), são palavras doces (ocas?) e o resto da canção não me lembro muito bem, por isso é melhor não inventar mais. Esta chanson ocorreu-me assim que pensei no nosso querido sexo masculino e as suas artes de bem enganar (e até nem é por mal) nosotras quando estamos apaixonadas (***).
Lembram-se desta canção? Eu, era ainda uma teenager inconsciente (não que essa fase tenha sido já ultrapassada. Hehehe) e parece que ainda estou a ver as Doce nos seus fatos brilhantes e lascivos. Estão a ver mais ou menos, não é? Pois é, mas numa canção que talvez peque (para quem não gosta do género, eu sem apreciá-lo, acho-lhe graça) por ser um pouco brejeira, importante é dizer que, ela contém uma verdade muito verdadeira.
A mensagem é que, regra geral, eles sabem sempre a canção do bandido para nos seduzir. É claro que isto aplica-se sobretudo a quando conhecem alguém há pouco tempo, mas (e agora aqui é que são elas!) também se aplica a relacionamentos mais sérios.
Não quero com isto dizer que são todos uns sacanas de primeira apanha (há uns que são de segunda e terceira….hehehe, estou a brincar), reduzidos a um objectivo imediato – que nós sabemos muito bem qual é – sem qualquer outra intenção sem ser esta. Nada disso!!!
Por vezes o lobo disfarça-se de cordeiro e isto por vezes até nem quer dizer que o homem não seja sério… Pode ser o engate efémero (e gostosão, desculpem-me… saiu!), o namorado de há anos ou o marido certinho. O que todos têm em comum são as manhas de que dispõem. É nesse sentido que falo de lobo e cordeiro. Senão analisemos a situação, sim, porque é importante reconhermo-las para lidar com elas.
Por exemplo: o Sr Engatatão que conhecemos num bar, no ginásio, na discoteca, no café, no escritório (etc, porque está mais que provado que em todos os lugares, ou quase todos, existem gabirus à espera. Hehehe), usa sempre a line de que está sózinho… (no sitio em que se encontra, na freguesia, na cidade, no distrito, no país, no mundo, na galáxia e afins. No mínimo).
Depois a line de sedução desenrola-se pelo enleio suave do elogio (esta é a parte que eu gosto! Sim, sim, tudo bem, eu sei que são tretas, muitas vezes pouco sentidas, porque dizem-nas a tantas… mas who cares?! Hehehe E para além do mais, até que é verdade o que ele está a dizer sobre nós. Gaba-te cesto, que logo vais à vindima.
A propósito, perdoem-me a incursão pela publicidade (OK, Ok eu sei que já bastam as secas de vinte minutos, tira minuto, põe minuto, entre programas que realmente queremos ver. Já para não falar das horas tardias a que começam… bom, mas isto tudo para dizer que esta história do cesto e da vindima, me fez lembrar aquele anúncio do leite “E se eu não gostar de mim, quem gostará?” (Right?). No fundo eu não acho que tenhamos de ser umas peruas emproadas, hiper vaidosas, nem por sombras!
O que acho é que nos devemos tratar bem e isso implica, tentar fazer as melhores escolhas em tudo na vida, não acham? Por vezes sai asneira, mas foi a decisão que achámos correcta no momento. Aprende-se a lição, pelo menos! Um pouco de brio em nós próprias e no que fazemos só é de louvar!
Esta é a manha do Sr. Engate, pois ele ataca onde sabe que atinge! No coração!! E se a seta que ele enviar, tiver a pontaria de cupido, valha-nos Santo António!
Diz-nos o que queremos ou às vezes precisamos ouvir e faz-nos sentir bem, queridas e isso é muito importante. Depois se o papel dele for bem desempenhado, se for um engate profissional, nem damos por nada. De repente já caímos de quatro e estamos bem embrenhadas na teia que ele teceu à nossa volta. Estas relações são do tipo Vai-Ser-Tão-Bom-NãoFoi? Hehehe. Depende do que queremos no momento.
Para além do sedutor engatatão e agora é que a porca torce o rabo, temos também o namorado de há anos, provavelmente há anos demais, que tem outras manhas. Este, pobrezito, sofre de uma fobia só à palavra casamento. Só a pronunciação da palavra provoca-lhe uma urticária, que o rapaz coça-se até dizer basta (basta!). O homem passa noites a olhar para o tecto do quarto dele, com os olhos bem esbugalhados, a pensar em desculpas, mais ou menos credíveis, que pode inventar para não casar já.
É verdade! Primeiro temos de comprar a casa, 2º adquirir um carro em condições, 3º um emprego estável é essencial (mais estável que aquele que ele já tem, só se ele se tornar o próprio patrão, mas em nome da liberdade, avante camarada, com a desculpa! Hehehe). Mas mesmo que se torne patrão, a desculpa também já está inventada. Certamente evocaria as dificuldades, muito trabalho, até a possibilidade de uma falência eminente.
Se ousamos dizer algo, fazer alguma pergunta sobre o assunto, porque o tempo de espera já se prolonga demais (e quem espera desespera!), ouvimos impreterivelmente: “Lá vens tu com essa conversa, outra vez (com um ar aborrecido), sabes que a nossa situação não é estável?” Puuuuuufffffffffffff, disse estável? Bolas que já estou a ficar farta desta palavra, será que não conhecem outra? Bolas, bolas, bolas. Irritante, ou quer ou não quer. Mas ele até que quer, mas primeiro que queira, há que ficar em stand-by.
Quando não dá para protelar mais, já não dá para fugir ao óbvio (até porque com a idade não se brinca), finalmente compra o comprimido para a urticária e deixa-se arrastar para os preparativos. Outros há que quando se capacitam que desta é que é, não é que a respectiva já deu meia volta e conheceu outra pessoa mais interessante, por quem se apaixonou e com quem vai casar? MELÃO!!! (E não estou a falar do ex-Excesso!).
Quando isto acontece, são sempre possuídos por um acesso louco para se casar. Opppppppppsssssssss tarde demais!
O homem casado geralmente também tem uma line, mas é um pouco diferente “Filhos, já? Esperamos mais um tempinho.” Para ele a responsabilidade que lhe conferiu o casamento já chegou e sobrou pelo menos pelos próximos quatro anos. Filhos, “é pá isso é para a vida toda, há que pensar muito bem e planear ainda melhor” e ele ainda não está preparado para tal, até porque outra das lines que usa é a de que precisa de um tempo para ele com os amigos. Precisa de um tempo e de espaço. Conhecem a história? Mais que não seja, já a ouviram em algum lado, não foi? Haja paciência!!!
Como lidar com isto? Em relação à necessidade premente para tempo e espaço para as suas odisseias (que sabemos muito bem quais são – sair com os amigos, dizer palavrões à vontade, beber mais uns copos, falar de futebol, carros, falar de mulheres e por vezes com elas, para não perderem o jeito… valham-nos!
O melhor é fazê-los perceber bem que se as regras do jogo são estas, então o reverso da moeda também existe. Sim, porque a mulher que ficava em casa e dizia Amem a tudo está em vias de extinção. Também saímos e é mais fácil conhecermos alguém (interessante é que já é mais difícil!). Se ele planeia chegar às quatro da madrugada (ouvi um passarinho!), podemos sempre chegar às seis.
Eles não gostam mesmo nada desta ideia por mais liberais que sejam (nascer algo na testa – e não estou a falar de umas ruguinhas de expressão, nunca foi uma imagem agradável, convenhamos!) Hehehe.
Anywayque fazer em relação ao namorado que não se decide? Não centrar a nossa vida à volta da dele é uma ideia. Termos uma vida independente e não estarmos sempre disponíveis, termos um pouco mais de cuidado com a maquilhagem e comprarmos roupa (ainda mais!
Tudo é uma boa desculpa para deambularmos pelas lojas) um pouco mais provocante ou que nos favoreça os atributos, que de certeza que isto será o suficiente para lhe lançar uma sementezinha de desconfiança e isto naturalmente vai pô-lo em alerta (em estado de verdadeira emergência). Lá está o tal medo das hastes de veado, a necessidade de proteger o seu território. Lutará até com o macho opositor se for preciso.
Com unhas e dentes. Para além disso estar um pouco mais bonita, tornará a relação mais interessante, mais apetitosa e bem sabemos como isso é importante para o homem (inovações e provocações neste campo são sempre bem vindas, é só observarmos o olhar deleitoso, a cara de carneiro mal morto, tão típica e deliciosa de se ver… HUMMMMMMMM).
Quanto ao sedutor de meia tigela ou de tigela inteira… bom depende do que queremos dele. Um tempo bem passado e é só isso que queremos, uma lasquinha como uma amiga minha diz, então tudo bem. Agora se o que procuramos é uma relação séria, aí depende do respectivo em questão, mas também há que pôr as nossas estratégias em acção, as nossa manhas (também as temos! Mas a nós fica-nos bem).
Ahh… e é preciso ter calma, não dar o corpo pela alma como canta o Abrunhosa. Ir lentamente para não pormos o pé na poça e deitarmos tudo a perder. São manhosos e se podem abusar, abusam.
Aposto que conhecem mais manhas, mandem-mas porque como sabem o meu estudo sobre os respectivos está em permanente evolução.
Moral da história das manhas dos homens: eles têm lá as manhas deles, mas nós também temos as nossas cartadas que temos de saber jogar no momento certo. Sei que é mais fácil falar quando estamos fora da situação, mas também sei que temos de tentar ser felizes. Seja lá o que for bom para nós, é o que temos de procurar.
Tenham um dia feliz!!!