Pessoalmente não vejo vantagens em se ser filho único. Não consigo imaginar a minha vida sem os meus dois irmãos. Nascemos duma família pobre (mas rica em sentimentos) onde muitas vezes os brinquedos eram “inventados”, adivinha-se porquê.
A primeira boneca que tive “a Sara” era francesa, tinha tanto medo de a estragar, que raramente a tirava da caixa para brincar. Era como se fosse um pequeno tesouro, que tinha dentro do baú. Mas com tudo isto éramos felizes.
Claro que nem tudo eram rosas entre nós, é normal. Mas na hora da verdade, ou seja, quando havia conflitos com os amigos, uníamos as nossas forças, e então o meu mano mais velho defendia sempre as suas “meninas”.
Crescemos juntos, casámos e temos os nossos filhos, no entanto continuamos a viver perto. Duma coisa tenho a certeza: nos meus manos, apesar de já ser crescidinha e também mãe, tenho a certeza de sempre encontrar aquele “ombro amigo”, que está continuamente ali, presente, que me aceita e ama, tal como sou.
Se não fossem eles, nem sei como teria aguentado a “partida” deste mundo dos nossos pais. Neles encontro a continuação desse Amor que continua tão forte dentro de mim!