Golda Meir foi uma das mais influentes mulheres na defesa dos direitos dos judeus e na luta pela criação do estado independente de Israel.
Nascida em Kiev em 1898, Golda Meir foi forçada, por motivos económicos, a emigrar para os Estados Unidos da América, no ano de 1906, onde a sua familia se estabeleceu em Milwauke.
Durante os estudos no Liceu, em 1915, Golda juntou-se ao Partido Trabalhista Zionista “Poalei Zion”.
Em 1017 emigrou de novo para a Palestina, mais propriamente para Kibbutz Merhavya, área dirigida pelo Império Britânico, desta feita para acompanhar o marido, Morris Myerson.
Mulher de armas, mudou-se para Tel Aviv no ano de 1924, onde foi trabalhar como oficial do Histadrut Trade Union, uma empresa de construção. Entre 1932 e 1934, trabalhou nos Estados Unidos, como secretária do movimento feminino Hechalutz e foi também membro do Comité Histadrut.
Quando o governo britânico aprisionou a maior parte dos líderes da comunidade judaica, em 1946, Golda substituiu Morshe Sharett como presidente do Departamento Político Judaico, a única ligação que o povo judeu tinha com o governo britânico. Eleita para a Agência Judaica, foi um dos membros que mais trabalhou para reunir fundos, nos Estados Unidos, para ajudar a custear a Guerra da Independência de Israel. Tornou-se também uma das mais conhecidas vozes a erguer-se a favor desta luta.
Em 1948, David Ben-Gurion apontou o nome de Golda Meir para fazer parte do Governo Provisório de Israel. Em Junho desse ano, Golda tornou-se a embaixadora de Israel na União Soviética. Eleita como membro do Governo de Israel, no ano de 1949, aceita o cargo de Ministra do Trabalho e da Segurança Social, funções que exerce até 1956.
No novo Governo, eleito em Junho de 1956, Golda Meir fica com o cargo de Ministra dos Negócios Estrangeiros, cargo que desempenha até Janeiro de 1966. Nesta incumbência, é encarregada de promover laços de ajuda em matéria agrícola e de planeamento urbano, para com países de África que lutavam pela sua independência, através de programas de assistência baseados na anterior experiência de Israel na sua transformação num estado independente. Ajudou também a cimentar as relações com os Estados Unidos da América e relações bilaterais com países latino-americanos.
Entre 1966 e 1968, trabalhou como Secretária-Geral do Governo e depois como Primeira Secretária-Geral do recém-formado Partido Trabalhista.
Quando o Primeiro-Ministro Levi Eshkol morreu subitamente no principio de 1967, Golda Meir, na altura com 71 anos, assumiu o posto de Primeira-Ministra, tornando-se a segunda mulher a alcançar esse lugar, depois da Sr.ª Bandaranaike, do Sri Lanka.
O acontecimento de maior destaque na sua administração foi a Guerra do Yom Kippur, que resultou em ataques massivos do Egipto e da Síria contra Israel, em Outubro de 1973.
Apesar do Partido Trabalhista ter ganho as eleições, ela renunciou ao cargo em 1974, a favor de Yitzhak Rabin.
Faleceu em Dezembro de 1978 e foi enterrada no Monte Herzl, em Jerusalém.
Quando se fala em grandeza humana, o nome de Golda Meir está à cabeça da lista, devido à sua entrega total aos direitos dos judeus e a sua dedicação aos problemas da humanidade. Envolveu-se completamente nos problemas, sempre com paixão e um fogo que cativava e abrangia quem a rodeava, o que fazia com que pudesse “mover montanhas”. Ficou conhecida como “Mãe Israel” devido à luta que desenvolveu na criação do Estado Independente de Israel.