Marilyn Monroe, a loira mais célebre

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Marilyn Monroe
Marilyn Monroe
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Foi talvez o primeiro símbolo sexual criado (e destruído) por Hollywood. Conheça o percurso de Norma Jean Baker, antes de se tornar a mais célebre loira do século XX.

Loira, linda, sedutora e de olhar ingénuo. Um sex symbol e uma actriz consagrada pelo humor e a ingenuidade. O cineasta Alessandro Blasetti disse um dia que Marilyn Monroe foi “a única grande actriz erótica salva pelo humor.”

Marilyn Monroe

Morreu há quase 40 anos, mas a sua imagem permaneceu, perpétua e inalterada: a de uma mulher linda, sensível e ingénua, destruída pela máquina implacável dos anos de ouro de Hollywood.

Uma lenda da sensualidade, um protótipo da mulher-menina que deslumbrou Hollywood e todos os homens americanos. Viveu como uma estrela cadente, apagou-se de repente, no auge do seu brilho, e deixou ficar a imagem que muitas outras estrelas tentaram copiar, até mesmo nos nossos dias. No entanto, e apesar de não ter sido a primeira loira de Hollywood, foi a única a ter semelhante destaque, graças à sua inimitável energia.

Nasceu em Junho de 1926, chamava-se Norma Jean Baker e era uma jovem morena que sonhava ser actriz. Foi criada num orfanato e em nada menos que 11 lares adoptivos diferentes. Aos 16 anos, estando já bem evidente que era incapaz de viver numa família, a jovem Norma casou-se. O primeiro dos seus três maridos era seu vizinho, um jovem policial.

O desejo por uma carreira cinematográfica foi o responsável pelo primeiro divórcio. Ainda morena e no início de uma promissora carreira como modelo fotográfico, Norma Jean foi aconselhada a voltar a ser solteira, e a tornar-se loira.

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A sua (curta) vida de estrela começou praticamente na adolescência. Ainda enquanto modelo, o seu rosto já se mostrava feito para as objectivas, e daí para o cinema foi um curto passo. Foi na sétima arte que se transformou em Marilyn Monroe. Marilyn por vontade do seu agente, e Monroe por vontade própria, em homenagem a uma avó que nunca conheceu.

Passou a viver inteiramente para o cinema e rapidamente deu provas do seu talento – contrariando todas as expectativas baseadas na já então existente teoria da “loira bonita e burra”. Mas, se o facto de enfrentar as câmaras fazia parte integral da sua vida, o mesmo se passava com o medo que sentia ao enfrentá-las.

Acima de tudo, e apesar da sua imagem sempre perfeita, Marilyn temia o público. A máquina que se movimentava em seu redor criou tamanha pressão sobre si, sobre a sua imagem e o seu desempenho que passou a viver angustiada pelo risco de não corresponder às expectativas criadas em torno de si e do seu trabalho.

Foi nesta fase extremamente pública da sua vida que se casou – e se divorciou – mais duas vezes. Desta vez foram a então grande estrela do baseball, Joe DiMaggio, e o dramaturgo Arthur Miller.

Entre a sua relativamente vasta lista de paixões e relações conturbadas constava o galã francês Yves Montand, que atribuiu a sua curta relação a “uma atracção infantil de Marilyn.”

Depois dos dois casamentos desfeitos, e numa fase da sua carreira em que as pressões se iam acumulando, Marilyn sucumbiu a um esgotamento nervoso, tornou-se dependente de álcool e sedativos.

Mudou-se temporariamente para Nova Iorque e tornou-se aluna do Actor’s Studio – a mais célebre escola de representação americana. Mas o método adoptado por Lee Strasberg, que envolvia uma forte auto-análise do actor, revelou-se nocivo para Marilyn, acabando por resultar num agravamento das suas inseguranças e de uma recaída na depressão.

O seu envolvimento com o presidente Kennedy deixou de ser um rumor para se tornar praticamente público quando Marilyn lhe cantou os parabéns ao vivo, no Madison Square Garden, em Nova Iorque. Nesta fase já a sua carreira estava totalmente posta em causa devido aos constantes atrasos, erros e falhas de memória no que respeitava aos diálogos.

John F. Kennedy era um reconhecido mulherengo, e acabou por “dispensar” Marilyn rapidamente. Esta rejeição, somada aos antigos desgostos amorosos e à crise que a sua carreira ultrapassava na altura foram o suficiente para pôr fim à vida de Marilyn.

Morreu durante o sono, à custa de uma dose excessiva de barbitúricos, no dia 5 de Agosto de 1962. Apesar de, aparentemente, ter razões suficientes para cometer suicídio, graças à sua relação com o presidente a morte de Marilyn nunca foi inteiramente explicada.

Porém, a verdade é que Marilyn Monroe não morreu. Morreu Norma Jean Baker, a mulher que Hollywood transportou ao estrelato e de lá a derrubou com a mesma facilidade. Marilyn Monroe é um símbolo, a imagem de filmes como “O Pecado Mora ao Lado” e “Os Homens Preferem as Loiras”. E essa imagem de sensualidade, ingenuidade e beleza feminina tornou-se imortal.

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