A halitose é um termo médico que é especificamente usado para descrever um odor desagradável, que está relacionado com a saúde dos seus portadores.
Halitose ou mau hálito
O mau hálito (Halitose) é um tabu social que atinge milhões de pessoas. Em média, cerca de 25% da população mundial apresentam mau hálito ocasional o que pode provocar desconforto, embaraço e mesmo isolamento social.
Algumas vezes esta alteração do mau hálito interfere mesmo com as relações pessoais dos seus portadores, causando limitação social, diminui a qualidade de vida e pode ser uma indicação de doenças sérias. A halitose pode afectar indivíduos de qualquer faixa etária, embora haja maior predominância na população adulta.
Hábitos alimentares e a halitose
A halitose pode estar relacionada com hábitos alimentares, estilo de vida e factores ambientais.
Certos alimentos como o alho e a cebola provocam mau hálito quando ingeridos devido ao seu alto teor de substâncias odoríferas, que durante a mastigação são absorvidas e provocam halitose quando eliminadas pela respiração.
São também exemplos de alimentos que provocam halitose o queijo amarelado (mais rico em gordura), fritos, alimentos gordurosos, ovos, condimentos, chocolate, salame, presunto, mortadela e couve, pois libertam compostos que quando não são completamente metabolizados, são eliminados por via pulmonar, levando ao aparecimento de halitose alguns minutos ou horas após a ingestão dos alimentos.
A maioria das pessoas com queixa de halitose não bebe água (sendo esta substituída por outras bebidas) ou bebem em doses diárias insuficientes, o que leva a uma diminuição do fluxo salivar e a um aumento da viscosidade da saliva. O jejum prolongado pode ser um factor desencadeante.
Hábitos como fumar e ingerir bebidas alcoólicas podem piorar o mau hálito. Vários medicamentos (antiespasmódicos, antialérgicos, antiácidos, diuréticos, laxantes, calmantes, soníferos, antidepressivos, sedativos, hipnóticos, hipotensores, antiparkinsonianos, antioneoplásicos, anticonvulsivantes, antieméticos, atropínicos, descongestionantes, analgésicos e narcóticos) podem provocar redução do fluxo salivar, levando ao aparecimento da halitose.
A halitose pode ser tratada pelo médico dentista. O tratamento da halitose passa por mudanças de hábitos, orientações e abordagens terapêuticas específicas para cada paciente, para além de um controlo constante. Em certos casos, um tratamento periodontal (como a limpeza) ou restaurador (tratar dentes cariados – estragados) podem ser indicados; noutros casos, conselhos de higiene oral serão suficientes (escovagem, limpadores línguais, fio dentário e elixires).
Para o tratamento do mau h+alito são essenciais uma avaliação da dieta, instruções e motivação da higiene oral, assegurar a manutenção da dentição e quando necessário aconselhamento psicológico do paciente. Compreendendo os diferentes tipos de mau hálito e os tratamentos correspondentes, o médico dentista está em melhores condições de tratar as pessoas que são atingidas.
Uma higiene oral correcta (no mínimo duas escovagens diárias com escova dentária e pasta dentífrica e preferencialmente associar fio dentário, raspador língual, escovilhão e anti-sépticos orais) e uma visita regular ao seu dentista ajuda a prevenir e mesmo a diminuir o nível de halitose.