Afinal para que servem as hormonas? E estamos nós a destruí-las? Os transtornos hormonais bem podem ser os responsáveis diretos de muitas das fadigas, depressões, perda de memória, impotência sexual, envelhecimento prematuro e transtornos cardiovasculares, que surgiram na nossa sociedade atual como doenças na ordem do dia.
Existe muito pouca informação acerca de como os nossos falsos estilos de vida podem alterar o ciclo de produção das hormonas, desprogramando-as para nosso prejuízo. Nunca existiu outra geração em que os excessos alimentares anti-naturais e os prazeres diversos tenham causado tanto mal como todas as bombas lançadas nas duas guerras mundiais.
Mas ainda existe esperança: as hormonas podem ser reprogramadas e revitalizadas, tudo graças ao mistério da regeneração biológica.
Mas para perceber como as estamos a destruir é necessário primeiro perceber em que áreas é que as hormonas actuam. Estas são mediadores muito importantes nos processos metabólicos regulando o crescimento e o desenvolvimento através do controlo endócrino que exercem sobre o organismo, essencial para o crescimento e desenvolvimento de um indivíduo e que comporta muitas classes de hormonas.
As hormonas e o crescimento
O crescimento do ser humano processa-se de forma harmoniosa e acontece devido a um intricado fenómeno biológico, o qual se fica a dever a uma proteína que se produz na hipófise, segregada em pequenas quantidades e que dá lugar ao crescimento dos ossos do corpo humano.
É durante a infância que esta hormona se encontra mais ativa. Depois da idade adulta, a hormona adquire uma função metabólica, intervindo posteriormente em processos como a composição corporal, a força muscular e a capacidade para o exercício físico. Atua ainda no metabolismo dos hidratos de carbono e das gorduras mantendo, sempre que possível, os níveis de insulina e colesterol ideais.
As funções de reprodução são outros dos atributos de regulação de que as hormonas se encarregam. E não se limitam a regular as células masculinas e femininas da reprodução, mas controlam também o desenvolvimento anatómico, funcional e comportamental de ambos os sexos.
As hormonas mais ligadas ao campo sexual são a testosterona, os estrogénios e a progesterona. Para além de controlarem o desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários, regulam ainda as funções corporais relacionadas com o sexo, com o ciclo menstrual e a produção de óvulos e espermatozoides.
Para além destes factores, as hormonas regulam ainda os processos metabólicos referentes aos produtos da digestão e assimilação e dos produtos energéticos armazenados pelo corpo. E, como se não fosse suficiente, as hormonas intervêm ainda na regulação dos líquidos corporais, da pressão cardíaca e da pressão sanguínea, da temperatura corporal e da massa óssea, muscular e adiposa.
As glândulas supra-renais, situadas por cima dos rins, que regulam o metabolismo do açúcar no sangue, os níveis de potássio e segregam hormonas sexuais, podem ser afectadas pelos níveis de tensão do dia-a-dia, uma vez que são as glândulas responsáveis pela resposta do organismo ao ‘stress’.
Para evitar que este sistema de comunicação mais complexo que toda a rede de telecomunicações existentes no mundo se deteriore, o melhor é começar a pensar em optar por um estilo de vida mais saudável, de forma a conseguir um melhor proveito de toda a sua vida.