Esperança para Diabéticos

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As pessoas que sofrem de diabetes vivem dependentes de insulina para toda a vida. Todavia, uma nova vacina pode constituir a esperança de muitos destes doentes.

Antigamente, e ainda no início do século XX, as pessoas doentes de diabetes deparavam-se com um fim fatal devido à insuficiência e escassez de produção de insulina do pâncreas. Mais tarde, na década de 20, começou a ser administrada insulina a estes doentes, que passaram a ter uma vida mais ou menos normal.

Contudo, os doentes de diabetes do tipo I, o encontrado nos jovens e crianças, necessitam tomar uma quantidade de insulina fixa até ao resto das suas vidas. Tratam-se de indivíduos que ficam dependentes da mesma, já que o pâncreas deixou de a produzir. Esta falta de produção de insulina acontece porque as células T, primordiais para a defesa do organismo, destroem as células às quais estava incutida a função de produzir insulina, as células beta.

Irun Cohen, imunologista, do Weizmann Institute of Science, poderá ser o nome e o homem no qual se concentra uma nova esperança. Após longos estudos e pesquisas, este homem descobriu que a insulina facultada aos doentes é indispensável à vida, mas que não assegura na totalidade as funções que deviam ser exercidas pela mesma.

Os diabéticos tipo I utilizam a insulina, e esta realiza verdadeiros milagres no controlo do frio ou da alimentação. Daí que, as suas funções sejam mais que importantes para a sobrevivência do ser humano com diabetes. O que este imunologista trouxe de novo para a situação dos diabéticos foi uma nova vacina, que tem como principal função ‘restituir’ às células T a sua verdadeira função, ou seja, proteger o corpo.

Assim, as células T ‘regressam’ à sua função primária e não ‘assassinam’ as restantes células, as beta, produtoras de insulina. Após experiências em algumas crianças e jovens com diabetes, conclui-se que a dose diária de insulina, necessária a estas pessoas, diminuiu substancialmente.

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A vacina de Cohen foi testada há um ano atrás e, até à data, não se conhecem quaisquer efeitos secundários relativamente à mesma. Todavia, os efeitos secundários e o facto de a vacina apenas ter sido aplicada a pessoas que tinham a doença apenas há seis meses, são as duas grandes interrogações de Cohen. Não se sabe se a vacina produz efeito em pessoas que tenham diabetes há muitos anos, ou se a mesma poderá trazer com ela efeitos secundários tempo depois.

 

Enquanto não se têm certezas irrefutáveis, a medicina e os estudos vão evoluindo cada vez mais ao sabor das novas descobertas. Esta pode ser uma nova esperança para os doentes de diabetes tipo I, a forma de diabetes que se encontra nas crianças e nos jovens. A vacina de Cohen pode vir a ser um grande passo no futuro da remediação da doença.

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