Quando se instala sobre o osso um peso superior ao que este pode sustentar, ou o corpo sofre um forte embate ou choque físico, aparecem as Fracturas.
A maioria das vezes as fracturas surgem após um acidente ou queda. Os acidentes de desporto, viação ou as quedas, demasiadamente violentas, estão muitas vezes na origem do aparecimento de fracturas. O que acontece é que o osso é ‘obrigado’ a sustentar um peso muito superior à sua capacidade e, como não aguenta, a fractura é inevitável.
Habitualmente é comum sabermos de pessoas que fracturaram o punho, a mão, o tornozelo, a clavícula ou o colo do fémur. Todavia, as fracturas da coluna vertebral e os poli-traumatismos são também muito fequentes. A diferença entre estes e os primeiros é que os últimos são bem mais graves e, por isso, bem mais preocupantes. A Osteoporose, o Raquitismo e outras doenças deste género também arrastam consigo fracturas, mas estas surgem como uma consequência da própria doença e não devido a uma queda ou acidente.
As fracturas podem ser denominadas por fracturas abertas ou fechadas. As primeiras são aquelas nas quais o osso fica em permanente contacto com o exetrior, originando em seguida a inevitável infecção. No segundo caso, nas fracturas fechadas, o osso não está em contacto com o exterior. Lesões nos nervos, vasos sanguíneos ou linfáticos podem também ser uma consequência da fractura, embora isto não constitua sempre uma regra.
Infelizmente, as pessoas nem sempre conseguem distinguir se estão ou não perante uma fractura. Se sentir uma dor muito forte na perna, e ao retirar as calças sentir dor, provavelmente é porque fracturou alguma coisa. A solução é passar com a mão ou dedo ao longo da perna e, se ao passar por uma determinada zona, a dor for mais forte do que nas restantes é porque quase de certeza que fracturou algo.
A dor que acompanha uma fractura costuma ser muito forte e intensa. Sempre que tentar mover essa zona, o aumento da dor será mais significativo, embora isto aconteça nas fracturas que tiveram a sua origem em quedas ou acidentes. Quando se tratar de uma fractura que seja consequência de uma determinada situação patológica, o mais natural é que venha a sentir apenas uma moinha passageira e suave. Caso a fractura seja parcial é habitual conseguirem realizar-se alguns movimentos, mas quando se tratar de uma fractura na sua totalidade a imobilização será o esperado.
Para além da dor muito intensa, a pessoa fica ainda com mais certeza que fracturou algo se, no local onde sente dor ou ao seu redor, verificar que surgiu uma tumefacção e deformação dessa zona. É também comum que a pessoa vítima de fractura tenha um pouco mais de temperatura do que é habitual, mas não se preocupe pois tal é perfeitamente normal. Saiba que uma pessoa que acabou de sofrer uma fractura não deve ser mobilizada, sem que antes tenha chegado alguém com competência para o fazer. Só quando chegar alguém especializado para essa função é que devem ser tomadas as medidas necessárias.
Se a pessoa caiu ou sofreu um acidente de viação deve sempre manter-se na última posição em que ficou. Não leve de imediato a pessoa no banco de trás do automóvel, pois isso implica um esforço muito maior e causa problemas futuros. Se a fractura for exposta, isto é, aberta, não desinfecte a ferida. Em vez disso, coloque apenas uma compressa de gaze esterilizada por cima dessa zona ou um pano bem limpo.
As fracturas ósseas podem ser algo bem simples, mas conseguem trazer complicações futuras se não forem correctamente tratadas ou identificadas. O importante é que consiga sempre associar essa dor àquela queda ou àquele acidente, a não ser que a fractura seja proveniente de outra doença óssea. Ainda que possa não sentir de imediato a dor, acredite que ela mais cedo ou mais tarde virá bater-lhe ao Corpo.