Transmitido sexualmente, o herpes é uma das mais antigas doenças que afectam a Humanidade.
O herpes é uma infecção recorrente (vem, melhora e volta) causada por um grupo de vírus que provocam lesões vesiculares, em forma de pequenas bolhas, agrupadas que, rebentam em quatro a cinco dias, seguindo-se a cicatrização do tecido.
As lesões com frequência são muito dolorosas e o paciente apercebe-se do ataque porque a área afectada apresenta uma zona avermelhada e dolorosa ao toque.
Algumas pessoas são portadoras do vírus, espalham-no através de relações sexuais e nunca chegam a aperceber-se que tal acontece. Isto acontece porque o vírus do herpes tem uma característica própria: costuma permanecer para sempre no organismo, mesmo que não faça manifestar qualquer sintoma. Chama-se a este comportamento “estado de latência” do vírus.
O herpes pode ainda “viajar” dentro do organismo do paciente, através dos nervos, e “esconder-se” nos gânglios nervosos durante o período de tempo que quiser.
Habitualmente o primeiro episódio em que tem lugar o aparecimento do problema é muito leve e muitas das pessoas nem se apercebem que se trata de um episódio de herpes. Só constatam isso quando este volta a acontecer, por vezes meses ou anos depois.
Sintomas do vírus da herpes
Alguns dos sintomas assemelham-se a picadas de insectos ou abrasões e por isso são muitas das vezes ignoradas.
Os sintomas variam de paciente para paciente podendo não passar de sintomas facilmente ignorados a dolorosos, ou dificilmente identificados. As primeiras aparições podem levar a que sejam precisas decorrer duas a quatro semanas até todas as lesões ficarem cicatrizadas. Algumas pessoas apresentam ainda sintomas semelhantes aos da gripe, como febre e gânglios inchados.
A forma mais conhecida de herpes é a genital, que ataca os órgãos sexuais e também variam de pessoa para pessoa e consoante as vezes que se manifestam. Os sintomas que antecedem um ou dois dias o aparecimento das vesículas são comichão na área e/ou sensação de dor ou de picada. As lesões podem localizar-se na vulva, pénis, perto do ânus, nádegas e coxas.
A sua transmissão é mais frequentemente efectuada através da relação sexual. Se sabe que é portadora do problema, reduza o risco de transmissão, usando microbicidas e espermicidas em conjunto com o preservativo, que deve ser sempre usado. Evite as relações quando tiver sinais ou sintomas de herpes.
O herpes não se resume ao aparecimento das lesões no corpo, como pode ainda acarretar consequências mais graves, especialmente para as mulheres. Aumenta a possibilidade de aborto espontâneo ou de natimorto, do parto prematuro, endometrite pós-parto, de infecções peri e neonatais, vulvite e vaginite e cervicite entre outros.
Não existe ainda tratamento eficaz para a doença, apenas existem medicamentos que ajudam a controlar a infecção e a diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.