Após três grandes estudos clínicos, que envolveram cerca de 20 mil pessoas, novos dados vêm confirmar a segurança e tolerabilidade da Pravastatina.
A segurança e tolerabilidade da pravastatina foram confirmadas pela análise de três grandes estudos clínicos. Foram apresentados nos primeiros dias de Setembro, no XXIII Congresso Europeu da Sociedade de Cardiologia em Estocolmo, Suécia, os resultados do “Prospective Pravastatin Pooling Project” (PPP) e da tolerabilidade e segurança da Pravastatina, baseado em ensaios clínicos com 112.000 doentes/ano.
O Prof. Marc A. Pfeffer, – Prof. de Medicina na Harvard Medical School, Cardiologista no “Bringham and Womens Hospital” e principal investigador do PPP, disse que “O Prospective Pravastatin Pooling Project” (PPP) proporcionou aos médicos e doentes um grande número de dados quantitativos sobre a segurança deste produto, avaliados em três grandes estudos internacionais.
“Como o número de pessoas que fazem terapêutica com estatinas continua a aumentar, é imperativo que os investigadores forneçam aos doentes e médicos, informações importantes no que respeita à segurança e a eficácia destes medicamentos”- acrescentou ainda o Prof. Marc A. Pfeffer
O estudo PPP é um projecto cooperativo único e envolvendo três ensaios internacionais da pravastatina a longo prazo e a larga escala. O ensaio PPP inclui os estudos West of Scotland Coronary Prevention Study (WOSCOPS), Cholesterol and Recurrent Events (CARE) e Long-Term Intervention with Pravastatin in Ischemic Disease (LIPID).
Os resultados destes ensaios demonstraram a eficácia da pravastatina na redução da mortalidade, ataque de coração e Acidente Vascular Cerebral (AVC). O estudo PPP foi especialmente desenhado para poder avaliar os resultados totais com pravastatina em termos de segurança e tolerabilidade. Os principais investigadores destes estudos internacionais participaram também nesta análise.
Na referida análise, a 9.809 participantes no ensaio foi-lhes prescrito pravastatina 40mg e 9.783 foram randomizados com placebo. A média de idades dos participantes era 59 anos, com um máximo de 75 anos. Os doentes randomizados com pravastatina foram medicados durante aproximadamente 5 anos. Com mais de 240.000 análises ao sangue efectuadas, não se encontraram excesso de anormalidades nas enzimas hepáticas ou musculares nos doentes que faziam pravastatina. Não foram reportados em ambos os grupos casos de rabdomiólise (um caso raro de perca muscular).
O colesterol elevado é o maior factor de risco para ataque de coração e morrem mais pessoas com esta doença do que com qualquer outra. Na América, a cada 33 segundos, morre 1 pessoa de doença cardiovascular. Para reduzir o número de mortes causadas pelas doenças cardíacas, foi sugerido pelo “National Cholesterol Education Program” que mais pessoas deveriam começar o tratamento com estatinas a longo prazo. Na América, baseado nestas recomendações o número de candidatos à terapêutica com estatinas poderá aumentar de 13 para 36 milhões.
O Dr. Pfeffer disse que “com mais de uma década de utilização, a terapêutica com estatinas já salvou dezenas de milhares de vidas no mundo inteiro e milhões de pessoas têm tido sucesso com estes medicamentos”. Adiantou ainda que “a experiência combinada nestes 3 ensaios mostra que a segurança da pravastatina foi considerada similar à do placebo apesar de nunca poder haver dados sobre segurança suficientes. O resultado da análise da segurança e tolerabilidade do estudo PPP deverá fornecer aos doentes e médicos mais dados que confirmem o impressionante perfil de segurança da pravastatina”.
O Bringham and Women’s Hospital é um estabelecimento não lucrativo de 716 camas, filiado da Harvard Medical School e membro fundador do Partners HealhCare System uma rede integrada de cuidados de saúde. Reconhecida internacionalmente como uma das mais importantes instituições académicas em cuidados de saúde, o Bringham and Women’s Hospital tem um compromisso de excelência com os doentes, a pesquisa médica, e o treino e educação para profissionais de saúde.
A proeminência do hospital, em todos os aspectos clínicos, é acompanhada com a sua força na pesquisa médica. Recebendo fundos importantes do National Institutes of Health, o Bringham and Women’s Hospital conduz estudos clínicos, básicos e epidemiológicos reconhecidos internacionalmente.